"Me disseram que ele era talvez o homem mais bonito do mundo. Com aproximadamente 1,80m de altura e pele branca, talvez seu cheiro pudesse grudar no corpo de quem passasse por perto. Custei a acreditar que nessa vida houvesse alguém mais bonito do que Johnny Deep, Vin Diesel ou Richard Gere, tanto é que não acreditei. Foi difícil acreditar que alguém pudesse ter um sorriso mais bonito do que o de Reynaldo Gianecchini ou um olhar mais penetrante que o de Chris Evans.
Não acreditei quando me contaram. E demorei a acreditar quando te vi. Demorei a acreditar no tamanho da sua beleza enquanto não trocamos nenhuma palavra.
Você talvez não fosse perfeito fisicamente.
Mas havia no seu rosto uma feição de menino-homem que se preocupa se eu já me alimentei hoje ou a velocidade com que eu dirijo meu carro. Seu sorriso -que me é intrigante, diga-se de passagem- , trazia consigo uma paz ímpar, que me fazia repensar sobre o quanto a vida havia sido generosa comigo por poder contemplar seus lábios se curvando pra cima todas as vezes que me via. Seu olhar me dizia coisas que jamais poderia (ou conseguiria) ouvir da boca de outro. E que rosto. E que sorriso. E que olhar.
Um combo de puro amor, principalmente ao ver seus três principais elementos misturando-se dentro de mim ao receber o seu abraço. Mas não qualquer abraço. Não há inocência, mas também não há malícia. Não há tristeza.
E depois de ter você, pude perceber que os outros tornaram-se apenas outros, e só.
Não quero mais ouvir outras piadas e nem sentir outras fragrâncias. Não quero observar outro corte de cabelo. Não quero estar no banco do passageiro de outro carro. Não quero outra mão puxando pela minha. Não quero ver outros filmes que não os nossos. Não quero outras formas de se vestir, de andar, de viver. Não quero outro colo pra descansar.
É você, desde o primeiro olhar e até a última respiração."
Amanda Pacheco