Lembranças vazias de um amor correspondido.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Hoje é um dia triste, chove fora e dentro do coração. Hoje é um dia muito triste, hoje é um dia de ficar em casa, preso nos lençóis esperando o fim das tempestades. Hoje me deu saudade. Tanta saudade, que, em um piscar de olhos, eu queria transportar-me para perto de quem fez parte de um passado distante e até mesmo de um passado próximo. Hoje me deu tanta saudade, saudade de ser criança, saudade da infância. Hoje me deu saudade de você. De quem éramos, de quem conseguimos nos transformar. Hoje deu saudade de nós dois. Das nossas brincadeiras, dos seus telefonemas, de nosso amor-trocado intenso. Hoje eu queria voltar o tempo, pra reviver tudo de novo, me parece que durou tão pouco tempo? Pouco tempo talvez por ter sido bom. Bom? Sim, ótimo talvez. Com todos os contratempos foi bom. Você me fazia bem, você me faz bem. Indiretamente faz bem. Hoje, só hoje eu queria receber um telefonema seu, sei lá, pra me dizer que não devo mais te procurar ou pra dizer que eu esqueci de você. Hoje, exclusivamente hoje, deu vontade de ficar com você, nem que seja cruzando olhares e sorrindo de lado, deu vontade. Aquela vontade que te sufoca e te empurra pra tentação. Não posso ceder, afinal você não quer mais saber de nada que venha de mim, tenho que contentar-me com as lembranças. Lembranças... Essas abençoadas que não apagam-se nunca da minha memória. Seriam melhor que se apagassem, sinceramente. A saudade não me atacaria assim se não houvessem lembranças. Lembranças de que eu sorri muitas vezes ao lado e que você me fez um dos maiores bens do mundo. Não queria nunca ter te perdido, não queria nunca ter que sentir saudades de você e não poder fazer nada. Eu fui burra, admito, mas não me arrependo. Vivemos uma história linda, que vale a pena ser lembrada. Você cuidava de mim e eu cuidava de você, éramos mesmo felizes. Hoje me deu saudade se ficar nos seus abraços. Deu uma saudade enorme de ficar com seu cheiro colado nos meus braços, deu saudade de sentir você apertando-me até estralar meus ossos da coluna. Hoje deu saudade de coisas simples. Saudade de ouvir você me dizendo o quanto eu era linda pra você. Deu saudade de ouvir você falar do meu cachorro. De repente, me deu tanta saudade. Não posso fazer nada, tenho que filtrar minhas emoções num ímpeto apaixonado e triste. Vou, mais uma vez, pegar todas as lembranças e empurra-las de volta numa caixa e lacra-la, com uma fita enorme escrito "PERIGO, LEMBRANÇAS EMOÇÕES INTENSAS, RISCO DE SAUDADE". Só assim eu não cairia na tentação de abrir a caixa novamente e, em meio a tantas lembranças, cair na saudade e ficar nostálgica lembrando de você. Vou começar a filtrar, é necessário. E, se um dia eu estiver com coragem, jogo a caixa fora ou mando queima-la. Não posso mais cair no que estou hoje... Morrendo de saudades de estar nos seus braços. Ouço canções que dizem muito de mim, e lembro de você. Porque você me apontou essas canções. Ligo o rádio e escuto "E agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo, eu vou tentando me encontrar. Vou me perdendo. Buscando em outros braços, seus abraços. Perdido no vazio de outros passos." Caetano Veloso entende o que eu sinto. A tempestade interna cresce, é meio doloroso, não abrirei mais a caixa."

Amanda Pacheco

Tempo, amor. Amor, tempo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"E o tempo vai te ensinando quem mais importa. E o tempo vai desvendando mistérios e tirando as máscaras. O tempo traz quem te merece. O tempo cuida de tudo. O tempo traz novas músicas, novas inspirações, novos amores. O tempo trata de separar o certo do errado. A tua única tarefa é continuar seguindo a linha do tempo da tua vida, sorrindo, chorando, sofrendo. Tua vida deve ser como um livro, que a cada dia uma página é virada.. Tu deves, primeiramente, amar-se. Ter em si, a certeza de que ninguém no mundo vai te amar mais do que tu mesmo. Tu sabes bem de que eu falo. Não é egocentrismo, é auto-apoio, para não precisar de ninguém pra ser feliz. Tu não precisas sair espalhando por ai que tens amor próprio. Apenas tu precisas saber disso, o que consequentemente te torna mais forte porque tu consegue se defender com as próprias armas. Guarda teu coração pra si e quando quiseres doa-lo, faz aos poucos, distribuindo pras pessoas que valem a pena. Não adianta ser meio termo, não adianta ser fraco. O que vale, realmente, é você ser alguém que valha a pena ser lembrado pelas pessoas que possuem um pedacinho do seu coração. Não apenas por possuí-lo, mas por terem a certeza de que são merecedoras do seu amor. O tempo cuida disso, não se preocupe. Aproveite cada segundo, para que a sua existência possa ser chamada de vida. Não se abale por tudo, quanto mais você se deixa abater pelo que faz mal, mais coisas irão fazer-lhe mal. O tempo também cuidará disso. Cuidará de ensinar-lhe a ser feliz e a desviar dos obstáculos da longa jornada, não importa quanto tempo ela dure. O tempo também cuidará de ensinar-lhe o que é bom e o que é ruim. O tempo cuidará de ensinar-lhe o mais importante, o amor. Esse amor que fere e que cura. Esse amor que invade e que destrói. Esse amor que sempre nos mandam aprender mais sobre ele. Aprender o quê? Se dessa vida a gente só aprende a continuar vivendo? O esperado é que aprendamos sobre o amor? Loucura. Insanidade mesmo, aprender qualquer coisa sobre o amor é impossível. A única afirmação concreta até hoje é que todo mundo passará um dia pela experiência louca de amar. Verbo tão usado hoje em dia. Levianamente. Amar não é estar junto o tempo todo. Amar também é odiar. Pode ser que eu esteja louca, mas é verdade. O tempo também ensina mais sobre isso, o tempo mostra que viver em função de alguém não é apenas apaixonar-se, como é comum ver nos dias de hoje jovens perdidamente apaixonadas julgando o amor como forma de auto-defesa. Pra quê? Amar é muito mais que isso! É querer, é ter, é poder, é tentar. Não importo quando chamam-me de louca ao falar sobre o amor. Posso até ser louca mesmo, mas, nessa vida, quem não for louco, não sobrevive. Cada um deve revelar-se meio maluco insanamente apaixonado, afinal, quem não é? Todos um dia hão de revelar-se apaixonados. Por um livro, uma fotografia, um parente, um cachorro, qualquer ser humano. O amor vem pra todos, e o tempo cuida de provar tudo isso. Tempo, mestre de todas as artes, de todos os humanos e mentor do amor. Será que o tempo ama o amor? Ou será que o amor ama o tempo? Vivem numa co-relação tão próxima que chegam a provocar confusão. Quem falou que o amor é que manda em tudo, enganou-se. O amor encarrega-se apenas de substituir os alvos. Principalmente quando tu tens o cuidado de escolhe-los bem. Ao doar-se por completo a qualquer um que seja, o amor fica confuso e termina doando-se mais e mais e mais. E machuca-se, provocando dores que só o tempo -esse sim o senhor de tudo- cura. Vive as coisas nas suas ordens, e verás como, em teu coração, o amor e o tempo andarão de mãos dadas e, juntos, te mostrarão o que realmente importa."


Amanda Pacheco

Feliz natal!!!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Aiai, o natal me traz tão boas vibrações. Me traz a sensação de renovação de espírito, de amor brotando. O natal me traz muito mais de Deus. Boas sensações, como quem não espera nada em troca. O natal é época de agradecer a Deus por ter presenciado mais uma data do nascimento do seu filho. O natal é doar sem receber, é presentear, é amar. É viver e amar e amar e amar. Amar. Verbo cheio de interpretações... Sempre gostei de saber mais sobre o amor. Não que um dia eu chegue a saber tudo, mas enquanto eu viver, quero saber sobre ele... Mas voltando ao natal. Como é boa a sensação de amor que existe no natal, não é verdade? Ver todas as famílias reunidas, trocando presentes, amando e sendo amado. Que ventos bons o natal traz, não é? Ventos de inovação, renovação, adoração, união, perdão. Ventos de perdão. O natal sempre dá um jeito de unir quem briga durante o ano, ou durante a vida. Tenho comigo uma concepção de que o natal é mágico, que amolece o coração quando nós pensamos em não perdoar. Sempre tive a certeza de que as pessoas acham que o natal serve para comer, pra receber. As pessoas não sabem o verdadeiro sentido do natal. Eu também não sabia até me dar conta de que o natal é o dia do nascimento de Cristo, Daquele que morreu pra nos salvar. Por isso que eu, humildemente, volto a afirmar que o natal serve pra perdoar, pra amar. Deus sempre está conosco, pessoal, mas no natal a presença dele é notória. Vemos-nos mais felizes, mais dispostos. 
Meu conselho, do fundo do coração, é de que vocês aproveitem o máximo o natal, principalmente se vocês estiverem junto da família. A família é um bem tão precioso, pessoal. A família nunca vai te abandonar quando você mais precisar, a família de cada um, mesmo com os defeitos e as brigas, é para ela que corremos quando as coisas ficam feias. Cuide da sua família, preze por ela e colha os frutos de uma relação extremamente feliz. A família é o maior bem no qual você pode investir, anote essa dica.


Feliz natal, que Deus abençoe cada um de vocês! E um 2012 recheado de amor e paz!

Feliz aniversário mamãe!!!!!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


"Sabe aquele alguém pelo qual você não trocaria nem por todo o dinheiro do mundo? Pois bem; tenho muitos... Mas o principal é a minha mãe. A mulher mais brava, mais guerreira e que mais merece o meu amor e dedicação do mundo. Criou-me, educou-me, ensinou-me a viver. Mulher esta que sempre esteve ao meu lado e, que mesmo assim, quando eu cai, levantou-me e cuidou de todas as feridas até que as mesmas sarassem. Quem sou eu para criticar-lhe? Uma mera filha, tentando chegar aos pés da exímia educadora que és. Tenho o maior amor que Deus possa colocar no coração de alguém, mesmo que as vezes não demonstre ou finja não tê-lo.
Obrigada, mãe. Obrigada por estar guiando meus caminhos, obrigada por brigar, por dizer-me verdades que nem todo mundo diria. Obrigada por defender-me com todas as suas forças, obrigada por ensinar-me o caminho do bem. Obrigada, Deus. Obrigada por ter me presenteado com uma mãe desse nível, obrigada por fazê-la ser quem é, obrigada por fazer-me sua filha. Obrigada, pai. Obrigada por fazer da minha mãe mulher mais feliz do mundo, mesmo com todos os trancos e barrancos. 
Mãe, não tenho muitas palavras pra dizer-lhe o quão grande é a gratidão que sinto por ser a sua filha, sua menina. Quero, acima de tudo, pedir-lhe perdão por toda e qualquer mágoa que causei-lhe durante meus adoráveis e conturbados 16 anos. Quero desculpar-me por não ser a filha exemplar. Quero também, declarar todo o meu amor e a minha gratidão nessa data tão especial pra mim e pra toda a família. E saiba que, acima de tudo, EU estou com a senhora e pela senhora eu enfrento tudo o que vier pela frente. Estamos juntas nessa até o fim.
39 anos, quem diria? 39 anos de fé e força. Parabéns, mãe. Que Deus esteja sempre presente nos nossos caminhos e que Ele ilumine sempre nossas direções. Que Ele lhe abençoe com muitos, mas muitos anos de vida e muitas felicidades.
Eu te amo mais do que tudo, minha eterna e adorada mãe."


Amanda Pacheco

Música Capital Inicial da semana: A manhã

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Acorda, a manhã nos brinda com a sua última hora
Os sonho redobram os desejos 
Tuas mãos delicadas redefinem os teus seios 
E o sol sabe lá, enfim se lembrará de nós
 
A distância é boa, nossas bocas ficam mudas

E um beijo nos lança, pro silêncio de tantas outras 
Teu sorriso é senão uma foto desfocada 
Que nos lembra um instante que não somos 

Acorda a manhã é longa e nos divide em dois 


Tua mãos pequenas tocam minha ausência 
É impossível a direção das ruas sem entender nossos passos 
Já não há com quem lutar, se o mar não nos alcança 
E a hora tenta o passado 


A distância é boa, nossas bocas ficam mudas 
E um beijo nos lança, pro silêncio de tantas outras 
Teu sorriso é senão uma foto desfocada 
Que nos lembra um instante que não somos 


Acorda a manhã é longa e nos divide em dois

Nos braços de dois mil anos 

Eu nasci sem ter idade 
Sou casado, sou solteiro 
Sou baiano e estrangeiro 


Meu sangue é de gasolina 
Correndo não tenho mágoa 
Meu peito é de sal de fruta 
Fervendo num copo d' água

Eita coração indeciso...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"Sete longos anos que nos separam. Que adicionam experiência nele e receio em mim. Receio de sofrer, receio de ser enganada, receio de amar só. Ele já viveu bem mais que eu, já tem as manhas da vida e justamente por isso talvez ele queira me enganar. E se era essa a intenção, ele conseguiu. Estou perdidamente apaixonada por alguém longe e mais velho que eu. E tenho medo, muito medo. Medo de não ser como eu espero. Mas a mesma força que me repele, é a mesma força que me atrai, que me leva pra perto, que me força a ficar junto. Contraditório? Talvez, mas nada que descreva o que eu estou sentindo.... Overdose bruta de sentimentos e falta de coragem. Covardia mesmo, de querer estar junto de alguém e não ficar apenas porque esse alguém tem uns anos de experiência na minha frente. Ele me faz promessas, me apoia, e o principal, não desiste de mim. Será que ele é realmente o que eu penso? Será que eu sou realmente o que ele espera? Nunca vou saber se não nos der uma chance. Chance essa capaz de decidir nosso futuro. Vou fazer isso, afinal eu prefiro me arrepender pelo que eu não fiz. Se não der, não deu, vamos em frente na certeza de que um dia tentamos. Afinal, eu tô apaixonada mesmo! O que eu perderei se não tentar? Apenas algumas lágrimas, mas vai valer a pena.
Por favor, não deixe-me sofrer."


"Eu nunca faria isso, minha princesa. Seu coração pra mim é o troféu mais desejado de toda a minha vida."


Amanda Pacheco

Ei, pessoal!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011



"Vamos ficar felizes, pessoal. A vida tá ai, cheia de surpresas esperando apenas você desvenda-las. Vamos viver, vamos ficar a toa, vamos viver numa boa. Vamos chorar quando der vontade, rir quando nos convir e abraçar quando estiver ao nosso alcance. Vamos dormir muito, vamos comer muita besteira e vamos continuar vivendo. Vamos aprender, pessoal. Todo mundo tem algo pra nos ensinar. Vamos nos divertir, dançar, brincar; ser criança. Vamos fugir pra qualquer lugar que seja fácil. Não vamos nos contentar com pouco, não vamos nos render a ninguém. Vamos a luta, pessoal. A vida exige que aprendamos a bater e a apanhar. Vamos dormir tarde, acordar cedo, vamos aproveitar ao máximo. Vamos amar mais, pessoal. Deus nos deu a família e os amigos pra isso mesmo. Vamos deixar de besteira, declarar o amor por alguém não é crime. Vamos deixar de preconceito, deixar o coração livre. A felicidade só chega pra quem tem o coração aberto a recebe-la. Vamos sair mais, pessoal. Ficar na rua, conversar pessoalmente, fechar o computador. Nessa geração é meio impossível, mas vamos mudar isso! -ou pelo menos tentar-. Vamos fazer mais amigos, pessoal. A vida passa e o que realmente importa são as amizades que construímos. Ao invés de praticar o desapego, vamos nos apegar mais e criar vínculos familiares que valham a pena. Vamos ter a mente aberta, pessoal. A geração coca-cola tá querendo mais pessoas com o pulmão limpo, se é que me entendem. Vamos nos exercitar, pessoal. Braços fortes e "tchauzinho" sem balançar é o que queremos. Vamos nos aventurar, vamos ter história pra contar, vamos tirar a bunda da cadeira a vamos provar que somos a geração coca-cola mais saudável de todas! Vamos dançar muito, vamos sim! Vamos deixar a vergonha de lado pra ser mais feliz perante a tudo e todos. Não vamos deixar nosso lado criança morrer, pessoal. Vamos sempre ter aquele bebê dormindo e disposto a acordar a qualquer momento e iluminar a vida de alguém. Vamos nos dedicar mais, pessoal. Vamos nos realizar profissionalmente, vamos ser quem nós queremos. Vamos deixar de lado tudo o que faz mal, pessoal. Rancor e raiva só levam a pensamentos ruins, e pensamentos ruins só nos trazem lembranças ruins e assim sucessivamente. Vamos nos doar mais, vamos cantar mais, vamos gostar mais. Chega de não gostar disso, não gostar daquilo, não aproveitar a vida. Vamos ouvir mais, pessoal. Nós temos dois ouvidos e apenas uma boca. Vamos parar de nos intrigar, vamos parar de querer ser melhor que todos. Vamos ler mais, vamos escrever mais. Vamos ficar mais tempo em repouso, olhando pro céu. Vamos deixar mais a tecnologia de lado, pessoal. Escrever cartas e visitar as pessoas faz bem pra todos. Desligar os celulares, os iPods, os notbooks. Vamos tratar de conversar pessoalmente, olhando nos olhos, segurando as mãos. Vamos contar mais piadas (mesmo que sejam sem graça), e vamos rir delas. Vamos rir de nós mesmos, pessoal. Nós sempre temos uma boa lembrança que nos faz rir incontrolavelmente. Vamos nos deixar levar pelo tempo, vamos rezar mais por quem amamos, vamos rezar por si. Vamos cuidar mais de nós mesmos, vamos ter o coração sempre disposto a caber mais um. Vamos brincar de felicidade, onde cada um cuida da sua e ajuda na dos outros."


Amanda Pacheco

Uma pseudocriança

domingo, 11 de dezembro de 2011


"7 anos, joelhos arranhados, cabelos esvoaçados e coração desocupado. A descrição perfeita sobre mim. Criança, feliz, sorridente e extremamente despreocupada com o assombroso futuro. A única preocupação era brincar e brincar e ouvir a minha mãe reclamar enquanto eu entrava em casa toda suja e deixava minhas pegadas no chão. Eu tinha amigos, em especial minha melhor amiga de todos os tempos. Cristiane. Era galega, de olhos verdes e pele branca. Era brincalhona e fazia piada de tudo. Nós eramos inseparáveis. Lembro-me de quando machuquei o joelho pela primeira vez. Eu e Cris estávamos jogando vôlei com a minha bola rosa da Barbie. Eu corri pra pega-la e escorreguei feio, quebrei o joelho. Até hoje a Cris se culpa por ter visto-me chorando tanto e tanto e tanto. Era bom ser criança, sabe? Poder sair por ai tranquilamente e saber que a qualquer momento que você voltasse pra casa, poderia correr pro colo da mamãe e tudo ficava bem. Considero-me feliz por ter tido a infância que mereci. Por ter, a todo tempo, amigos. E por, principalmente, ter vivido intensamente cada segundo dela. Afinal, hoje já não se vê mais crianças como antigamente. Hoje em dia ninguém brinca mais no meio da rua, por 'n' motivos que não vale nem a pena citar. Crianças hoje estão presas, escravas de um computador, de um mundo o qual não lhes pertence. Criança tem mais é que jogar bola, brincar de boneca, de casinha, de polícia e ladrão. Criança tem mesmo é que ser feliz. Tem que se sujar, tem que comer besteira, tem que fazer o que lhe dá vontade. Infelizmente, nos dias de hoje, os pais não permitem mais o desempenho infantil dos filhos por medo. Unica e exclusivamente medo. Medo de doença, medo de assalto, medo de machucado, medo disso, medo daquilo. Que é isso, pessoal? Antigamente, havia grande parte das doenças de hoje, e, pelo que eu saiba, foram poucos os que morreram por causa de uma brincadeira, né? Tudo bem que tem que haver a prevenção, mas também não é assim não. Deixem que as crianças aproveitem tudo o que a infância tem pra oferecer. Deixem elas aproveitarem a melhor fase da vida delas! Deixem-nas livres pra deitar e rolar com o cachorro, com os primos, irmãos, parentes. Deixem-nas felizes apenas permitindo que elas brinquem onde queiram! Deixem florir esse sentimento tão bom de infância...... Sabe, considero-me uma pseudocriança cheia de objetivos, cheia de vontades, cheia de liberdade. Ainda hoje, quando vejo alguém se divertindo, me dá aquela vontade de me juntar ao grupo e ser feliz, como naquela época, com minha pra sempre melhor amiga Cris."

Amanda Pacheco

Necessitamos...

sábado, 10 de dezembro de 2011

"Uma borracha, para apagar de nossa história tudo que nos desagrada.
Um sabonete, para retirar as marcas das máscaras que usamos no dia-a-dia.
Uma tesoura, para cortar tudo aquilo que nos impede de crescer.
Um pássaro, que nos ensine a voar alto e cantar com liberdade.
Um jarro, para conservar o carinho e amadurecer.
Um frasco transparente, para conservar os sorrisos. Sem tampa, para escutar o alegre som.
Lentes, corretoras da visão da vida, que nos permitam enxergar, com amor, o próximo e a natureza.
Um esquilo, que nos mostre como galgar os ramos da árvore da sabedoria.
Agulhas grandes, para tecer sonhos e ilusões.
Um cofre, para guardar as lembranças construtivas e edificantes.
Um zíper, que permita abrir a mente quando se deseja encontrar respostas, outro para fechar nossa boca quando for necessário, e outro para abrir nosso coração.
Um relógio, para mostrar que é sempre hora de amar.
Um rebobinador de filmes, para recordar os momentos mais felizes de nossas vidas.
Uma balança, para pesar tudo que é vivido e experimentado.
Um espelho, para admirar uma das obras mais perfeitas de Deus...
... nós mesmos!!!"






Design e código feitos por Julie Duarte. A cópia total ou parcial são proibidas, assim como retirar os créditos.
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