Happy end

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

"(...)Eu me sentia como se estivesse despencando de um abismo.
Todos os dias, ao acordar eu podia presenciar aquele sorriso lindo, cheio de vida e de amor pra dar. E eu fazia questão de retribuir, na mesma intensidade. Éramos perfeitos. Um cuidava do outro, queria o bem, chorava junto, ria junto. Era tudo junto. Era como se nós fossemos um só. Eu sentia como se fossemos um só. Nós saíamos e voltávamos juntos, sabíamos dos problemas um do outro e os enfrentávamos juntos. Cada dia mais eu te amava e queria estar perto de você. E parecia que essa era a sua vontade, também, então eu não me importava de me entregar de corpo e alma pra você. Tínhamos várias canções que diziam muito sobre nós e de vez em quando até trocávamos umas surpresas.
Com o tempo, já não me importava mais sobre aonde você estava e com quem estava, eu apenas confiava em você e sabia que ao final de cada dia você ia chegar me contando tudo o que tinha passado em tal dia, como sempre fazia. E você sempre chegava. E sempre me contava. E sempre, antes de dormir, me beijava a  testa e dizia baixinho, entre o beijo: te amo. Fui me acostumando com essa rotina e sempre esperava você dizer que me amava pra que eu dormisse. E você dizia, diariamente entre o beijo: te amo. Comecei a perceber que os príncipes sim, existem. Já era sua. Meu coração era inteiramente seu, não sei se seria capaz de viver emocionalmente sem ouvir o meu "te amo" diário. Mas eu não tinha mesmo que me preocupar com isso porque eu já havia me acostumado com a ideia de que teríamos o nosso happy end
Mas, como nada dura pra sempre, lentamente senti você desgrudando de mim, ainda achando normal pois nosso grude já envolvia anos e mais anos. Eu pensava que era normal você não estar colado em mim vinte e quatro horas por dia. Eu não percebi que realmente você vinha se afastando de mim. Que você já não me dava mais satisfações de onde estava e de que horas ia chegar. Eu me lembro bem que chorava feito uma criança quando você não estava em casa pra me dar um beijo de boa noite na testa seguido de um "te amo". Aos poucos notei que já não era normal esse seu sumiço. Mas foi tarde demais. Quando me dei conta que você estava escorrendo por entre meus dedos, você já estava de frente pra mim me dizendo que o que havia entre nós dois tinha que acabar. Não sei bem quais foram suas palavras porque eu não queria mais ouvi-las. Não gritei, não me descabelei, não implorei pra que você ficasse. Eu comecei a acreditar que era o fim do meu happy end.
Mas eu me sentia como se estivesse despencando de um abismo."

Amanda Pacheco

Só hoje...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Hoje, de forma alguma eu quero externalizar minha felicidade, não quero que ela seja destruída pela inveja que atualmente é tão constante e atenuante. Hoje quero que minha felicidade seja só minha, e de mais ninguém, não quero compartilhá-la nem com minha sombra para que não haja o risco de perder todo o encanto que tal felicidade está me proporcionando.
Hoje, talvez eu queira me tornar sua. No silêncio que abafa minha felicidade, quero que ela apenas aumente ao seu lado;quero que você seja o primeiro a aproveitar esse meu momento plenamente e silenciosamente feliz. Admito que hoje foi um dia surpreendente pra mim. Hoje foi um dia em que você conseguiu mover o canto dos meus lábios  quando nenhum outro alguém havia conseguido. Falar com você trouxe paz ao meu coração; me deu uma calma que nem o mais poderoso calmante teria dado. Hoje eu vi que ter um pouco de você a cada dia me faz sorrir. E é isso que eu realmente quero. Que a cada dia eu possa ter mais de você e vice-versa. Que nós dois possamos estar juntos e que o doce das suas palavras contamine meus amargos pensamentos quando eu estiver num dia como hoje, estressante. Que eu possa morrer de rir enquanto você morre de ciúme. Que possamos nos entender como ninguém mais nesse mundo consegue. Que nossos abraços sejam eternos e que nossos lábios não queiram se separar jamais. Que sejamos doce (como já diria o meu querido Caio Fernando Abreu). Que seja doce nossa troca de olhares todas as vezes que nos encontrarmos (se for como a primeira vez, melhor ainda!). Que nossos defeitos se completem assim como as nossas qualidades o fazem. Que sejamos certos um pro outro. Que sejamos saudade.
E por falar em saudade... Que saudades suas. Uma saudade com sabor de satisfação por ver que você não entrou no meu caminho em vão. Então, só o tenho a dizer num dia atordoado como o de hoje é um grandessíssimo obrigada. Não saia da minha vida."

Amanda Pacheco

Você vai ver que nossa história tá só começando

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

"Dizem que quando é pra dar certo, tudo conspira. E conspira mesmo! Quem diria que o meu olhar e o dele se cruzariam tão intensamente a ponto de nos "apaixonar" meio que instantaneamente. Ali, naquela festa, eu acreditei que a paixão vem sem nem a gente esperar... Sem nenhum tipo de falsidade ela nos toma, e invade nossos pensamentos e tira conclusões que nós - em momentos de plena lucidez - jamais seríamos capazes de tirar.
A paixão chega arrebatando com as nossas falsas promessas de "dessa vez eu vou ser mais centrada". Ela chega mostrando que não é assim que as coisas funcionam. Eu me rendo!! Fui completamente vencida pela paixão e hoje me encontro no estado mais lindo de todos. Eu estou carinhosamente sendo cativada e estou amando isso. Cada vez estou mais envolvida com quem me cativa. Ele me cativou e me provou que não é necessário o tempo, mas sim a intensidade. A intensidade daquele olhar que só eu e Deus sabemos como descrever a batida do coração no momento em que cruzamos olhares.
Como o destino é hilário! Quem diria que eu seria retribuída. Pensei eu que isso não passaria de um singelo platonismo. Mais uma vez fui enganada pelo mesmo hilário destino, mas de uma forma boa, claro. 
E com essa paixão indomável, eu precisei apenas ver você sorrir pra passar a semana inteira lembrando do quanto eu queria estar com aquele sorriso perto de mim, e não apenas na minha memória. Minhas amigas já começaram a notar que eu não brinquei ao dizer que eu realmente tinha sido cativada por um sorriso. E a cada dia que se passa eu me sinto mais amarrada, pelo simples fato de não conseguir segurar a vontade de estar enchendo-o de carinho o tempo inteiro, sem pausas. Mesmo que soe engraçado ou precipitado, é verdade.
Estranha mesmo é essa sensação nunca ter percorrido o meu corpo em outras situações. Logo eu, que sempre me deixei envolver tão fácil... Nunca senti tanta necessidade de escrever sobre ele. Seria capaz de descrever detalhadamente cada sentimento que passou pelo meu coração ao ler as palavras mais lindas do mundo ali, escritas pra mim.
Dessa vez, não vou falar nada e nem interferir. O destino quando quer fazer faz e faz bem feito e somos a prova disso. Antes mesmo da interferência de terceiros nós já tínhamos nos interpretado. Nos envolvemos antes mesmo de estarmos envolvidos. Gostamos um do outro sem maiores perspectivas. E eu espero que isso só aumente e que as coisas continuem sendo lindas, do jeito que estão.
Hoje eu só tenho a agradecer. Primeiro a Deus e segundo a àquele que é o culpado por me fazer perder algumas horas de sono só por não conseguir parar de pensar nele. E só peço ao destino pra que dê certo se for pra que nós dois sejamos felizes. Só rezo pra que, a cada encontro, nossas emoções sejam correspondidas. Rezo pra que esse seu cheiro não desgrude nunca da minha pele e que a lembrança do seu sorriso não escorra da minha memória. Nunca mais."

Amanda Pacheco

(Sobre)vivendo

terça-feira, 6 de novembro de 2012

"O coração dela gritava por socorro. Cada vez que seus olhos percorriam aquela folha que dizia "Me deixe em paz, vou viver a minha vida, você não é o bastante pra mim", as lágrimas escorriam como escorrem do rosto de uma criança que se perde da sua mãe. Eu a entendo, sei como a dor de ter a perda de um grande amor.
Todas as vezes que acordava, ela pensava nele, e como se já não estivesse satisfeita, lia e relia aquele papel (que agora era marcado de lágrimas) em busca de uma resposta para aquele fim que aparentemente não chegaria nunca. Eu, que vi as coisas acontecerem, pensei que ela fosse morrer. Já não sorria mais e nem se importava se as coisas estavam certas ou erradas. Foi a primeira vez que vi alguém sentir tanta falta de outrem. Seus cabelos desgrenhados sobre o rosto nos diziam que ela não sera mais nada e que não seria nem capaz de se impor com um mínimo de dignidade. Ninguém mais a via com aquele sorriso de felicidade, aquele sorriso que dizia que as coisas estavam em plena ordem. O máximo que se conseguia vez em quando, era um meio-sorriso que dizia "me deixe em paz/eu não quero falar sobre isso". Foi se afundando em lágrimas a cada dia que se passava e, com o tempo foi ficando dependente daquele ex papel branco. E lia como se aquilo fosse uma piada e a qualquer momento ele apareceria com flores e diria que aquilo não passou de uma brincadeira de mau-gosto. Mas isso não aconteceu e ela se fechou em um universo que mais ninguém conseguia entrar. E ao seu redor as pessoas e as coisas iam se perdendo, decaindo. Aquilo não podia continuar do jeito que estava, ela ia terminar morrendo em matéria (já que o seu espírito estava quase morto, mesmo). 
Até a própria já havia percebido que sua atitude de morrer pro mundo era errada. O tempo foi passando e um belo dia ela resolveu abrir sua caixa (lotada) de e-mails, e descendo a barra de rolagem sem vontade nenhuma, achou um e-mal de uma boa e velha amiga, convidando-a para uma viagem do grupo de amigas que há muito não trocava palavras. Se surpreendeu quando sentiu a vontade de aceitar o convite. Aceitou, mas ainda com o receio e com a falta de ânimo de se preparar e tirar o carro da garagem, no entanto viu que era necessário fazê-lo. E fez.
E o tempo foi curando-a, e quando se deu conta, estava rasgando aquele papel molhado e amassado que havia praticamente destruído sua vida. Estava aos poucos se livrando daquela dependência do vazio. Depois, voltou a responder todos os e-mails e voltou a sair e se relacionar com novas pessoas. Ela, numa reviravolta surpreendente, voltou a sorrir e a falar tranquilamente a respeito do assunto. Já não se importava mais com ele, nem sequer pensava no mesmo. 
O tempo a ensinou que sobreviver não era tão agradável, então ela preferiu viver. E foi feliz. Seu sorriso voltou a transmitir felicidade. E da última vez que a vi, soube que já tinha até um novo amor.
Nesses dias, pensando nessa história, tive a certeza de que nada é tão ruim que não possa (re)começar e se (re)inventar."

Amanda Pacheco


Observação: A foto é minha, mas o texto não tem NENHUMA RELAÇÃO COMIGO. Obrigada

Vontade de bater na tua porta e te dizer: Você me faz feliz demais!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


"Eu acho que a expressão "estou feliz" é tão pequena e tão impactante, não é? Estar feliz é sinônimo de estar em harmonia com uma série de outros fatores aleatórios. É estar em paz consigo e com o resto do mundo. Estar feliz não é necessariamente sinônimo de estar sorrindo, não confunda as coisas. Estar feliz é sinônimo de querer bem a qualquer um que cruze a sua vida, o seu caminho, mesmo que você esteja sorrindo ou não. Estar sorrindo, na maioria das vezes, significa estar escondendo uma dor que não pode ser revelada ou estar insensívelmente esperando uma alegria (ou não, você pode estar sorrindo por estar feliz, mesmo).
Há quem diga que anunciar felicidade desperta inveja, raiva... Mas quem liga? Que história é essa de inveja e raiva pra quem tem Deus no coração? Acho mais é que felicidade gera felicidade, quanto mais você dissemina um sorriso sincero, mais sorrisos sinceros serão atraídos pra si próprio.
Ando muito feliz por ai, sabe? Minhas conquistas, meus amigos... Ando feliz por ver que tudo está se encaminhando pra você. E cá estou eu falando sobre você, de novo. Você que tá me fazendo feliz apenas por existir. Ando muito feliz por ter você transbordando-me com cada palavra que me diz. Ando feliz por nós dois estarmos dando certo como eu jamais esperei. Ando cada vez mais sorrindo pra qualquer um que passe na rua, porque cada pessoa que eu vejo tem um pouco de você. Alguém sorri como você ou anda da mesma forma, alguém que tenha uma voz parecida ou um olhar absurdamente igual, alguém que tenha o mesmo corte de cabelo ou que use o mesmo perfume. Acho que as pessoas têm muito de você... Ou talvez eu esteja pensando tanto em ti que eu consigo encaixar as suas características nas pessoas que cruzam o meu caminho. Deve ser porque eu não consigo parar de querer você comigo. Eu quero tanto ter você, entende? Eu me sinto numa espécie de terapia quando vejo você aonde não tem. Acho que lembrar de ti assim é mais relaxante do que ter apenas lembranças. Tudo bem que dá mais saudade, mas é mais divertido pensar que podia ser você, ou que a qualquer momento nós vamos nos cruzar e vamos ter aquela surpresa de "Oi, tudo bem? Você por aqui?! Que saudade!" e vamos nos calar num abraço que seria impossível pra um termômetro registrar o calor. 
Então, ando feliz por planejar contigo. Ando feliz por ver você feliz. Ando feliz por pensar que nós podemos fazer um ao outro felizes como jamais fizemos outro alguém. Eu ando disseminando felicidade por ai. E que Deus me proteja da inveja e da raiva, porque calar minha felicidade vai ser difícil!"

Amanda Pacheco

Sem mais

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"Eu sei e você sabe o quanto fomos importantes um para o outro, o quanto nosso relacionamento nos fez bem e o quanto aprendemos mutuamente. Mas, na vida, nem tudo são flores e nem tudo pode dar certo, e assim como acontece com várias pessoas, aconteceu conosco. Nosso relacionamento (que eu julgava ser eterno), acabou-se num ímpeto que nem eu sei explicar. Senti muita dor emocional e achei que jamais seria a mesma. Várias pessoas pensam assim e nenhuma delas morreu até agora, porque justo eu morreria?
Eu sei e você sabe o quanto eu era louca por você e que eu faria de tudo pra te ver feliz, sorrindo, daquele jeito que só eu sabia fazer você sorrir. Nós pensávamos que prosperaria assim como todo mundo pensa. Mas não prosperou. E se você pensa que a fila não anda pra mim, mas anda pra você, enganou-se. Você teve o direito de me fazer feliz (e fez), mas outra pessoa pode fazer o que você não fez. Um outro alguém pode invadir meus pensamentos de um jeito tão anormal que faça eu te esquecer, ou que faça eu até me esquecer. E eu quero, sinceramente, que isso aconteça. 
Quero alguém que me deixe pensando num plural eterno e que me beije como jamais fui beijada. E que nossas mãos se entrelacem como um laço ideal. Quero alguém inteiro que me acrescente, não que me complete. Chega de complementos, quero mais é que sobre amor. Afinal, eu também queria que você me completasse, e você o fez, mas depois que foi embora eu voltei a ser metade. Quero mais é alguém que me segure pela cintura e me faça acreditar que as laranjas realmente tem metades iguais. Não quero alguém perfeito, mas quero alguém que me faça perfeitamente imperfeita. Quero alguém que brigue comigo e que ao mesmo tempo esteja sorrindo pra mim. Quero morrer de tanta felicidade a cada instante que estejamos juntos. Quero fazê-lo sorrir na mesma proporção em que estou sorrindo. 
Eu não quero mais lembrar de nós. Sei que lembranças boas não esvaem-se da memória tão fácil, mas eu prefiro lembrar de você apenas por lembrar, e não por não conseguir apagar as nossas lembranças, lembranças essas que podem fazer eu me sentir mal ou incapaz de ter feito alguém tão perfeito infeliz. E ficar pensando se outra pode fazer o que eu não fiz e se você gosta dela mais do que gostou de mim. Não quero que isso aconteça. Também não quero forçar uma amizade contigo. Essa historinha de que ex pode ser amigo é mentira. Se quer como amigo é porque ainda quer como amor e essa historinha de que não existe mais sentimento é pura enganação. Auto-enganação na verdade, porque querendo ou não, quando houver o encontro, ou a conversa, ou qualquer contato que seja, as lembranças voltam trazendo consigo a vontade de repetir tudo. É isso que acontece entre nós. Eu ainda sinto aquela sensação de coração disparado que eu sentia quando nós paquerávamos. 
Que sensação boa era aquela de borboletas no estômago. Mas como temos que nos acostumar com o fim, acabamos. Nós dois juntos e separados acabamos. Acabamos tudo, até um com o outro. Acabamos com vontade de recomeçar, mas acabamos. E não tem volta, acho uma coisa muito desgastante acabar pra voltar. Nunca é a mesma coisa e nem vale a pena. Mas é isso. Acabamos dispostos a não (re)começar. Só queria te dizer que de vez em quando eu penso que as coisas poderiam ter se encaminhado de outra forma e que nós poderíamos estar bem, mas depois eu deixo de pensar porque o destino sabe a hora certa e as pessoas certas. Tudo acontece como tem que acontecer. Espero sinceramente que você esteja bem e que consiga fazer alguém feliz tanto quanto me fez, porque eu também tentarei o fazer, não se preocupe. Não quero que me mande notícias ou que me procure, não quero mais saber de você. Seja feliz assim como eu estou sendo."

Amanda Pacheco

Quem tem amor na vida, tem sorte!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Tudo é questão de sorte e o amor é uma delas. Amor é algo que envolve um pouco de tudo, mas principalmente sorte. Sorte de encontrar alguém pra chamar de seu e que ele desperte a mesma vontade, ter a verdadeira sorte de se sentir feliz com apenas um 'bom dia', ou um 'te amo'. Ter sorte pra ter alguém que te faça sorrir mesmo quando o resto do mundo só quer lhe ver chorando. É ter sorte pra ver muito de si em outro e vice-versa. Ser sortudo é ficar feliz com alguém, é ver que alguém está feliz por você. Ter sorte é ter um beijo que dura para sempre e um cheiro característico de amor, o cheiro dele. Ser sortudo é sentir segurança em um abraço, é abraçar no intuito de proteger.
Camões que me perdoe! Mas o amor não é nada do que ele diz, amor não é ferida que dói e não se sente e não é fogo que arde sem se ver. O amor não dói, não machuca, não incomoda. Sempre fui suspeita pra falar sobre esse tal amor, afinal, já disse que sou uma amante profunda do mesmo. Se Camões acha que o amor faz tudo isso, ele realmente não teve a sorte (olha ela ai de novo) de ter um verdadeiro amor. Camões deve ter morrido sem saber o sabor de um verdadeiro beijo apaixonado. Camões se apaixonou sem reciprocidade, tadinho. Se hoje, eu pudesse dizer-lhe algo, diria o quanto é bom o entrelaçar das mãos durante um percurso qualquer ou o quanto é agradável aquele beijo de saudade. 
Afinal, tem sorte maior do que ser feliz no amor?"

Amanda Pacheco

Tudo o que a gente precisa é tomar um banho de chuva!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"Banho de chuva pra arejar as ideias, pra renovar os pensamentos, pra abrir o coração. Precisamos de um banho de chuva pra derramar os maus sentimentos e as más lembranças. Chuva lava, chuva renova, chuva esfria. Usando o sentido simbólico, podemos dizer que a chuva lava a alma, renova a sensação de querer-bem e esfria o ímpeto emocional daquilo que podemos chamar de paixão. As vezes uma paixão não correspondida pode se curar com um bom e infantil banho de chuva? Eu, particularmente, sempre fui fã da chuva. Sempre me pus a olhar as gotas lentamente escorrendo pelas casas e calçadas. Desde pequena, eu cresci sendo uma fã da chuva e não me chamem de louca por conta disso. Eu sempre acreditei que uma pequena dose de chuva pode acalmar uma grande quantidade de pessoas. Tanto fisicamente quanto emocionalmente. Pode não ser verdade, mas sempre vi pessoas calmas em tempos de chuva. Inverno? Uma maravilha! É o tempo onde eu mais me concentro no que realmente importa. E é disso que precisamos, de mais concentração, de mais inatividade. O mundo já está globalizado, tá na hora de começar a acalmar de novo. Chega de correria, de pessoas suando, enlouquecendo. Eu apoio um mundo com mais chuvas, mais mentes abertas, mais calma. Precisamos sim de um banho de chuva, precisamos voltar a infância pelo menos uma vez na vida. Ser criança de vez em quando não faz mal pra ninguém, ou pelo menos eu nunca ouvi uma contra-indicação pra isso. Siga meu conselho e algum dia, tome um banho de chuva e sinta suas ideias se renovando!"

Amanda Pacheco

Sintonia perfeita

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"Era perturbadora a forma como se olhavam. Aqueles dois tinham uma química que só Deus explicaria (pasmem, mas nem eles conseguiam tal feito). Eram um encaixe perfeito. Se entendiam, se amavam, se completavam. Era um casal que dava inveja a qualquer solteirona e raiva aos amigos dele. Pareciam casal de filme, sem brincadeira. Era impressionante a forma como os dedos dela se encaixavam na nuca dele enquanto ele se preocupava com o comprimento do seu vestido. Não briguem comigo, mas eu era capaz de perder horas do meu dia observando a sintonia dos dois. Era hipnotizante, não era possível que aqueles dois não tivessem um defeito sequer. Ninguém conseguia observá-los (ou imaginá-los) brigando. Eles dois eram intrigantes e eu, sinceramente, poderia escrever minha tese de doutorado sobre aquela química perfeita. Ele a entendia apenas com uma troca de olhares e ela era comandada pelos sentimentos dele. Não conseguiam passar um dia sem se ver. Divinamente impressionante. Eu soube que os dois eram assim em casa também. Boatos dizem que nunca (nunquinha!) brigavam. Eu me desesperava em meio a tanta perfeição. Não era possível que em meio àquele mar-de-rosas (literalmente) não houvesse um espinho. E não havia, por mais que eu procurasse. Eu passei muito temo da minha vida preocupada em desvendar o segredo que supostamente havia através daquele olhar terno que ele a olhava. Queria saber o que aquela piscadela dela significava (além do óbvio, claro). Por favor, não pense que eu os seguia, não sou uma psicopata. Eles eram meus vizinhos e eu dedicava horas do meu dia os olhando enquanto se preocupavam com o banho do cachorro. Eles sabem o quanto eu os admirava (e de uma boa forma, os invejava). Sempre tinha aquela vontade de perguntar qual o segredo, mas eu sabia que nunca descobriria, porque nem os próprios sabiam. Então continuava a observar como ela cuidava dele. Lhe dava todo o carinho do mundo. Na verdade, ela o tratava como se ele fosse o seu mundo. E eu acredito que era mesmo. Eu já disse a vocês, eles se encaixavam. Até a forma como beijavam era diferente daquelas convencionais. Era um beijo só deles e que ninguém mais conseguia imitar. Era divertido ver a surpresa no olhar dela quando inesperadamente ganhava um buquê. Eles eram muito fofos, eram perfeitos juntos e individualmente. Ela, além de uma clara apaixonada, adorava cuidar do jardim e das crianças, além de ser um amor de pessoa. Ele, por sua vez, era um ótimo vizinho. Sempre sorria pra todo mundo. Acho que enfim descobri o segredo. Era felizes consigo mesmos, não esperavam do outro o que podiam encontrar em si. O outro apenas completava, fazia mais feliz. Era só isso que os fazia ter aquela sintonia perfeita que já durava anos. Era juntos consigo e mutuamente. Se não estavam confortáveis com uma situação,  eram claros em relação a isso. E era o que fazia tudo dar certo como se fosse mágica. Eram um modelo para todos ao redor (e pra eles, o redor nem existia no momento em que ela ajeitava a gravata dele antes de saírem). Eram únicos e per(feitos) um para o outro."


Amanda Pacheco

Amigo apaixonado

domingo, 15 de julho de 2012

"Não quero mais pensar em você. Não quero mais ouvir sua voz ou imaginar o que você está fazendo. Não quero mais ter notícias suas, não quero mais ver suas fotos, não quero mais ser apaixonado por você. Mas (infelizmente) querer não é poder, eu não consigo. Há muitos anos atrás aconteceu o que eu menos queria que acontecesse. Em meio a nossa amizade, eu reparei no seu olhar de uma forma diferente. Eu reparei que não bastava pra mim estar ao seu lado apenas no papel de amigo. Precisava ter sua atenção de uma forma especial. Cada vez que a gente se encontrava parecia que o meu coração ia sair pela boca. Mas meu coração chorava porque eu sabia que o que eu sentia por você não tinha reciprocidade. Eu sofri, admito, sofri tanto que me senti obrigada a me afastar. Então eu viajei sem motivo aparente e viajei sem data de volta. Viajei sem dar maiores explicações; de um jeito ou de outro eu ia ter que te tirar da minha cabeça, e como diria Dorgival Dantas "eu posso até ficar longe de ti, mas perto eu não aguento". E foi o que eu fiz, viajei pra me livrar do fantasma que era o amor que eu sentia. Nesse período em que estive longe, pude provar novos sabores e me aventurar em novas experiências, conhecer novas pessoas e acreditar que o que eu sentia por você havia apagado (eu achei que a distância tinha me dado esse presente). Acho que você deve pensar que sou louco por ter sumido e por não ter respondido seus e-mails, mas era o jeito. Eu não queria nenhum contato, então desculpe. Quando eu finalmente tinha a certeza de que havia lhe esquecido, eu voltei. Voltei seguro e morrendo de saudade, de amigo, claro. Logo que cheguei e dei notícias de vida, você quase me matou (como esperado). Mas daí eu percebi que todo o tempo que eu passei longe foi por água abaixo quando nos reencontramos. Você estava tão mais... Linda, tão minha. Morri de ciúmes pensando que outras pessoas possam ter te beijado enquanto estive longe. Esse sentimento não havia morrido mesmo. Não adianta ir contra algo que foi destinado a acontecer (por mais absurda que tal coisa seja). Eu, no fundo, não consegui esquecer seu olhar marcante e o seu sorriso que só fez me cativar. Acho que o que eu sinto por você não é qualquer amor. É o amor soberano, o amor platônico. Aquele amor que é baseado na espera. E no cuidado. E no querer pra si. É isso o que eu sinto por você: uma vontade enorme de te manter em meu abraço pela eternidade. Eu na verdade já sabia que tentar te esquecer seria em vão. Todo esse tempo eu pensei em você e sabia que não tinha como te esquecer. Ter você pra mim vai ser uma vontade que vou ter pra sempre."


Amanda Pacheco

E essa indecisão

quinta-feira, 12 de julho de 2012

"Tudo estava errado e eu tinha plena consciência de que minhas ações estavam me arriscando. Mas eu estava amando ter, com você, aquela vida de aventuras que jamais havia enfrentado. Era encantador o modo que eu conseguia ser eu mesma ao seu lado. Você me libertava de todos os medos e quando estávamos juntos o que importava de verdade era apenas o que nós dois estávamos sentindo. Vivemos muita coisa boa juntos. Nunca vou esquecer dos nossos "encontros escondidos" ou de quando eu finjo que tenho o dobro da minha idade pra que as pessoas nos achassem "compatíveis". Não daria pra esquecer, nem que eu quisesse. Mas como toda história tem um vilão, a nossa teve vários. A sociedade. Achavam que você era velho demais pra mim e -principalmente meus pais- desaprovavam qualquer tipo de relacionamento. Me encontrava em uma clássica e famosa sinuca de bico. Eu tinha em minhas mãos a perfeição em forma de companheiro, mas em contrapartida eu tinha quem mais eu amava contra mim. Era difícil pensar em me afastar de alguém que me deixava tão bem, tão em paz comigo mesma. Mas era absurdamente impossível pensar em enfrentar as pessoas que me ensinaram a ser quem eu sou hoje. A partir daí, comecei a ficar numa indecisão suprema. Eu queria, mas não podia. Eu não aguentava mais passar um dia sem te ver, sem receber teus carinhos, teus beijos. Eu já não conseguia mais disfarçar minha necessidade de você. Meus pais já começavam a notar que eu saia pra te ver. Eu sempre voltava mais feliz. E agora, eu continuo nessa indecisão e nessa adrenalina de um romance proibido. Mas uma hora eu tinha que tomar minha decisão. E tomei. Me desculpe, mas não dá pra continuar assim. Ou eu terei que me dispor com a sociedade, ou terei que me dispor com você. Então me diga, o que eu faço agora? Eu não aguento mais esse sofrimento, e certa vez você me disse que amor de verdade não faz sofrer, não é? Me desculpe de novo, mas infelizmente vamos ter que ficar na memória um do outro. E que fiquem registrado apenas os bons momentos, aqueles que nos fizeram bem. Que fique registrado nossos beijos proibidos e nossos abraços inacabáveis. Que fique registrada nossa primeira troca de olhares. Que todos os momentos bons sirvam para amenizar a dor e a saudade. E, por fim, que sejamos lembrados um pelo outro como um projeto de sucesso, que não precisa de mais ninguém pra dar certo. Pelo menos vai ser assim que eu lembrarei de você."


Amanda Pacheco

Doce imaginação

sexta-feira, 6 de julho de 2012

"Eu nunca pensei bem em uma saída pros meus pensamentos canalizados em você. Não sei, eu nunca consigo pensar em outra coisa quando meu cérebro começa a processar todas as informações sobre você. E o pior, eu começo a gostar e a imaginar cada vez mais coisas quando tais pensamentos me atingem, é uma espécie de autoterapia por não te ter aqui, ao meu lado, as 24h do dia. Eu começo a desvendar pseudo-segredos e a inventar pseudo-diálogos que talvez nem aconteçam. É mesmo uma autoterapia, eu queria ter você ao meu lado cada segundo, mas infelizmente não o tenho e não posso tê-lo agora e também nem sei se terei um dia, então resguardo-me a imaginar como seria nossa vida a dois (uma longa vida, diga-se de passagem), imagino nós dois numa praia deserta em silêncio a observar o slow motion natural das ondas e imagino nós dois andando de mãos dadas sem rumo. Imagino nós dois em um beijo que dura para sempre e imagino que a gente foi feliz, é feliz e vai ser feliz por muito, mas muito tempo. Imagino nós dois numa disputa de casal pra escolher qual o filme que vai ser assistido e imagino que você vai me deixar ganhar. Eu consigo até imaginar a sua expressão enquanto eu digo que venci. Eu jamais conseguiria seguir meus dias sem pensar no que você está fazendo ou naquele seu jeito intrigante de dizer que meu vestido é lindo (ironicamente ou não). Eu não sei pensar em não ter você, quer dizer, todo aquele teatrinho de ciúme já me têm por completo! Eu gosto de ver você nessa sua autenticidade de querer que eu seja só sua. Eu gosto de imaginar isso. Posso parecer louca, mas as vezes eu até sinto sua mão lisa tocando meu rosto e seu abraço apertado esquentando meus braços frios. Essa é a minha maneira de indiretamente ser sua. E quando nos encontramos, de verdade, eu volto a lembrar de toda a minha imaginação e sorrio, fazendo você pensar que eu talvez seja mesmo louca. E se eu for? Que mal há em ser louca de amor nos dias em que a loucura serve apenas para matar as pessoas? Sou louca mesmo, louquinha de pedra, mas minha loucura só mataria você, e de beijo, abraço, carinho, afeto. Sinceramente? Sou uma vitoriosa por não te agarrar toda vez que te vejo, porque se tudo ocorresse como eu imagino, acho que hoje você já teria a plena certeza da minha insanidade. Enquanto meus sonhos não viram realidade, continuo sonhando e rezando muito pra que um dia tudo dê certo. Adoro quando as coisas dão certo porque eu adoro finais felizes, mesmo sabendo que em grande parte dos casos, eles não existem. Eu adoro um surrealismo. Sei lá, olhar pro céu e acreditar que tem alguém fazendo o mesmo em um lugar do mundo pra mim é incrivelmente fantástico, sou uma sonhadora de primeira! Gosto de acreditar no impossível e gosto de utopizar as coisas. Assim como eu e você no momento, algo utópico, surreal, imaginário. Mas por favor, não pense que eu te quero apenas em imaginação, eu quero você no real, em carne e osso. Minha imaginação (como eu já havia dito anteriormente), é apenas uma autoterapia, já que eu não posso ter você. Eu prefiro continuar imaginando e quase te tendo, do que ficar maquinando a sua ausência. Odeio ser vazia de você. Te quero por completo, não me contento com metades, meios termos e meias verdades. Gosto das coisas na veracidade e intensidade no nível máximo, assim como gosto de você, por inteiro, dentro e fora da minha imaginação."



Amanda Pacheco

O que tiver de ser, será

segunda-feira, 18 de junho de 2012

"... Eu continuo esperando por você, em todos os dias eu dou um jeito de te tirar da minha cabeça até que essa espera acabe. Mas daí eu me pergunto: E se não der em nada? Se eu estiver apenas esperando? Sei que vai doer, mas de que vale a vida se não tentar? Se não der certo, não deu, eu sei que fiz minha parte e que não era pra ser. Acredito que Deus sabe a hora certa pra tudo. Ele vai saber se eu tiver que chorar, que superar ou se tiver que continuar te esperando. Eu posso continuar assim, nessa monótona vida de silêncio se eu puder te ver sorrir todos os dias. Te amo no silêncio de "será que devo falar?". Posso te afirmar que a vida sem você é a mesma, não vou ser ingênua a ponto de dizer que você é minha vida, porque você não é. Eu me sinto como um copo cheio e quando você está perto, você me transborda. Sabe... Eu nunca pensei em te escrever tão explicitamente. A gente sempre teve um jogo de sinceridade, mas eu jamais poderia imaginar que te escreveria. Talvez porque você nunca tenha dominado meus pensamentos a ponto de me fazer escrever. Sabe, eu vejo que chove lá fora; meu quarto tá tão frio;  ainda não achei um casaco que sanasse tal frio, porque esse tal casaco é o seu abraço, esse sim, esquenta o corpo e principalmente o coração. Sabe, acho que você deveria aparecer por aqui qualquer hora dessas. Vai ser divertido te ver, te abraçar, ficar com teu cheiro em minha roupa e conversar sobre assuntos que ambos sabem que não interessa. Vai ser aquilo de "como vai você? - vou bem e você? E o trabalho? - vai bem, mas as coisas estão corridas" Eu gosto mesmo é de te ouvir falar sobre as suas aventuras quando você saiu com seus amigos (mesmo que tais aventuras envolvam outras mulheres), ou quando você machucou o pé jogando futebol e quero ouvir suas indiretas até eu dizer que te faço uma massagem. É isso que me faz feliz e me faz cada vez mais esperar por você. Sabe... Acho que qualquer dia desses deveríamos sair e ir naquele café que você idolatra; pra fazer nada mesmo ou até pra ver o movimento e brincar de "pra onde vai fulano ou ciclano". Seriam coisas que fariam bem pra nós dois. E que tal se saíssemos dessa poluição urbana e fossemos para aquela praia que você sempre amou? Seria legal dar um tempo da geração casa-trabalho-casa por alguns instantes. Se for isso que você quer, pode ter certeza que eu vou esperar por você o tempo que for necessário. Eu não vou mentir que gosto muito de você, como amigo, companheiro, amor e péssimo cozinheiro. É simplesmente por isso que eu vou calmamente levando a vida sem você, porque acima de todo e qualquer envolvimento, tenho um amigo e fiel escudeiro, e se não puder te-lo como amor, você estará lá para afogar minha mágoa de você. Aliás, me dá um pouco de você? Com muito açúcar e bem quentinho, por favor. É que eu quero conservá-lo em um local resistente ao frio e ao calor (isso mesmo, no meu coração). Não quero parecer aquelas apaixonadas melosas, mas quero que, de fora, nós dois sejamos visto como cúmplices, acima de tudo. E para que nossa cumplicidade no nível do amor exista, eu posso esperar. Porque eu acredito que o que tiver de ser, será; acredito também que, com o rumo que as coisas andam tomando, vou ser obrigada a te encher de mimos e a inventar domingos, filmes e beijos eternos. Quero acordar pensando em você e quero dormir com o mesmo pensamento. Quero sonhar com o futuro e quero agradecer a Deus todas as noites porque tenho você aqui. Quero que nos admirem quando eu resolver te fotografar bocejando e quero que nossas fotos sejam engraçadas e não normais. Ser normal é muito chato. Quero que nos reconheçam pela nossa loucura suficiente para derrubar a muralha da China, e não porque somos mais um casal perdidamente apaixonado. Quero te estapear quando você estiver agindo como um idiota e quero que você me cale com um beijo 'hollywodiano' pra que eu volte a vida e a realidade. Nem que pra isso eu tenha que esperar. Deve ser por isso que eu te escrevo agora explicitamente, pra conseguir reunir forçar pra te esperar."


Amanda Pacheco

I'll be your hero!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Eu posso, quero e vou ser sua heroína (ou posso ser também qualquer outra droga que você precise). Eu posso ser sua heroína também no sentido de salvar o seu mundo e te garanto que o farei com o maior prazer. Posso te levar ao céu a qualquer momento e posso fazer você voar quantas vezes você quiser. Basta segurar minha mão e prometer que não vai soltá-la. Todos os dias de minha vida eu prometo faze-lo feliz se você topar ficar aqui por cada segundo. Eu posso sim ser sua heroína e por todos os segundos te proteger dos vilões que te assombrem (mesmo que tais vilões também me assombrem). Eu vou ser sua heroína se você for o certo pra mim, e eu sei que é. Você vai ser meu herói também, não vai? Você já é meu herói só por me fazer tão feliz e ser a pessoa certa pra mim. Eu me comprometo a cuidar de você e te fazer feliz, como ninguém nunca fez, nem que pra isso eu tenha que te aguardar. Não me importo porque é tão incrível como um milagre acontece quando tem algo destinado... Ter você e te proteger como uma heroína será esse milagre e mesmo que eu não queira, eu vou ter que acreditar no destino pois você é o meu destino. Eu mal posso esperar pela hora de contar pros quatro cantos do mundo o quanto eu te amo e o quanto valeu a pena esperar. Como uma heroína, eu quero que os meus superpoderes sejam apenas pra ganhar seu coração. Sei que eu não sou a mulher maravilha e definitivamente não sou uma heroína, mas se nós dois quisermos, podemos imaginar tal feito e tudo o que eu escrevi até agora voltará a ter algum tipo de sentido.
E então, você me deixa te proteger?"


"Eu não deixo, porque quem tem que te proteger aqui sou eu. Mesmo sem superpoderes, eu vou te proteger a cada suspiro que você der. Eu vou te cuidar incansavelmente mesmo que tais cuidados incluam te ninar, te mimar, cantar pra você dormir e te abraçar até que você adormeça de novo quando tiver pesadelos. Eu não quero ser um herói como todos os outros porque eles são muito comuns. Eu quero ser o seu herói, apenas seu e quero me preocupar com seus medos e anseios. Eu quero ser chamado de herói quando tiver que lhe carregar nos meus braços depois de uma festa porque você está cansada, ou quando te fizer uma massagem quando você chegar exausta da academia, ou até mesmo quando abrir um pote pra você. Eu quero ser o tipo de herói que faz você sorrir e quero ser considerado herói por sobreviver a sua TPM. Quero ser apenas seu, quero estar em seus pensamentos em todas as horas do dia. Quero ver você de cabelos presos, sem maquiagem e usando uma blusa minha. Quero curar suas dores e ver em seu rosto aquele seu meio-sorriso que me diz "eu te amo". Quero te fazer surpresas e te ver chorar (de felicidade). Quero ser tão feliz ao seu lado... E pra que tudo isso aconteça, eu começarei sendo apenas o seu herói."


Amanda Pacheco

Eu sou um alguém que chora por qualquer lembrança de nós dois

sábado, 26 de maio de 2012

"Eu choro, choro até minhas lágrimas acabarem, mas não choro por tristeza, rancor ou qualquer coisa assim. Eu choro de saudade. Saudade do que aconteceu e do que eu acho que deveria acontecido, mas não sei se devia ter tanta saudade a ponto de chorar. Não que seja amor, longe disso, mas eu tenho saudade de nós dois como nós dois, apenas nós. Como quando você me abraçava e parecia que não havia nada mais ao nosso redor. Só nós, entende? Sem sentimentos, ressentimentos ou pressentimentos. Sem mais ninguém pra dizer o que deveríamos ou não fazer. Apenas nós dois e nossas particularidades. Nós dois e um vazio -que por incrível que pareça, o vazio ficava mais completo quando você estava nele-. Não sei mais o que é vazio se ele não está repleto de você. E então eu choro, com uma saudade de quem não tem mais do que lembrar ou quem não tem mais o que fazer, mas eu tenho e mesmo que faça, qualquer coisa me empurra as nossas lembranças vazias e memoráveis que cada vez mais me fazem querer os seus braços e crer que o melhor abrigo seria dentro dos seus abraços. Tanto é verdade que agora eu estou escrevendo sobre... você? Não, mais uma vez me peguei aqui escrevendo sobre nós dois e o tão falado vazio. Aquele que me fazia crer que só existia quando estava perto de você. Contraditório, não? Sim, bastante, tão contraditório quanto nós dois e esse vazio cujo me refiro a todo tempo que falo de... nós? Não tem como não falar de nós e não chorar. Por essas tais lembranças que vivem intensas em mim e que eu não consigo esquecer nem que façam-me uma lavagem cerebral. Mas por que eu me ponho a chorar se só existem boas lembranças? A saudade não devia me fazer chorar, mas não mesmo. Eu devia apenas sorrir e sorrir e esperar que venham novas lembranças para substituir essas velhas que externam lágrimas do meu corpo. Tenho saudades do vazio, do nosso vazio, de quando nós dois, juntos, éramos vazios. Vazios e completos e contraditórios. Meu vazio não existe sem você e meu completo não existe sem seu vazio. Talvez a frase "eu não existo longe de você" se encaixasse bem, mas não é verdade. Eu existo, claro que existo, você não me mataria de jeito nenhum! Mas eu sinto que em minha existência falta algo, se é que você entende. Mas vou parar com essa melancolia de chorar de saudade porque isso não existe! Não pra mim. Sinto falta do nosso vazio repleto de nós, mas não vou chorar, porque eu sei que você não gostaria disso."


Amanda Pacheco

Mudei, você sabe

domingo, 20 de maio de 2012

"Quem sabe qual é o problema da humanidade? É o desamor, a descrença em algo melhor para o mundo? Talvez seja. Mas o motivo real, sem nenhum pretexto ou rodeio, direi. O problema é a acomodação, ninguém quer fazer mas quer encontrar tudo feito. Minha gente, até onde eu sei a mágica da organização ainda não existe. Se você acha que as coisas resolver-se-ão mesmo que você continue com a bunda sentada ai nessa cadeira, você está redondamente enganado. No nosso mundo (leia-se nossa realidade), não existem super-heróis para trazer-nos a paz. Nós temos que ser esses heróis, pois se não tomarmos as providências enquanto há tempo para melhorar o mundo, quem mudará? Eu sei bem que não é fácil fazer algo só enquanto há outros bilhões de indivíduos que não o fazem. Mas não é bem assim, acima de tudo, a mudança tem que ser endógena, você (assim como eu) tem que acreditar em si mesmo, e na capacidade que possui de ser alguém melhor pro mundo. Na jornada da vida, tem que ter amor e, nele, novas descobertas. Tem que ter determinação e acima de tudo, tem que ter emoção. Não adianta viver na monotonia de ser-só-mais-um. Você tem que fazer a diferença, ser a diferença, crer na diferença. Porque sendo, automaticamente impulsiona outras pessoas a serem como você, e quando menos esperar, poderá ter se transformado em um exemplo para tal mudança a qual venho me referindo o texto todo. E mesmo que não seja exemplo, você terá o seguidor número 1, você mesmo. Acredite em mim e não tenha medo de mudar, seja lá qual for essa mudança - ter um novo corte de cabeço, ouvir uma nova música, vestir uma nova roupa - nem sempre dá certo, mas quando dá, a satisfação é imensa. Acredito na mudança tanto quanto acredito no amor, pois ambos parecem ter uma relação de "igualdade". Como por exemplo, no fato de um gerar o outro. Pense, quando nos apaixonamos, automaticamente mudamos a nossa forma de pensar e até mesmo de agir. As vezes mudamos as roupas e até os gostos. Quando o fator principal é a mudança, nos apaixonamos por coisas novas. Eu, particularmente, sou uma fiel amante do amor. Não sei, por mais que ele faça doer, magoe e pise, eu amo amar. Como o amor entre a onda que avança e a areia ou o cachorro e seu mais novo brinquedo, eu amo o amor. E eu o amo porque mudei, abri mais a mente e fechei mais os olhos. Senti novas batidas, escrevi novos textos, encontrei novas saídas. E aprendi a amar, mesmo sem ser amada, eu aprendi que amar é fundamental. Amar nem que seja uma nova música ou um novo livro. Apenas amar, sem esperar nada em troca e é por isso que eu amo o amor, pois ele não espera nada em troca, ele apenas envolve alguém de súbito e surpresa!! Mais uma mudança, e uma das principais, a de sentimentos. Como eu já disse e já está se tornando clichê aqui nesse texto, não tenha medo de enfrentar as mudanças e seja melhor pra o mundo todo."


Amanda Pacheco

Casos e acasos

sexta-feira, 4 de maio de 2012

"A gente sabe que nessa vida nada é por acaso. Se choramos há um motivo, se sorrimos e amamos também. É certo que amar não é algo súbito, mas uma geração de motivos que nos fazem acreditar que cada vez mais esse sentimento cresce. Sabemos bem que não conhecemos pessoas por obra do acaso. Se você cruzou meus caminhos, tenho certeza que havia algum propósito. No princípio hesitei se deveria ou não ir até o fim pra conhecer tais propósitos, mas hoje vejo que vale a pena, que quero correr atrás e lutar pelos mesmos, mesmo que forças contrárias tentem me empurrar pra direção oposta. Esse propósito me parece vantajoso ao extremo, visto que as forças que desencadeiam o amor só fazem aumentar. Eu acredito que esse tão grande motivo me levará para junto de ti, que é o lugar onde eu acredito que deveria estar. Eu também não acredito em sofrimento ao acaso. Se hoje eu sofro é porque há uma felicidade a minha espera, uma "luz no fim do túnel". E talvez eu deva acreditar que posso encontrar essa felicidade em você. Será que posso? Afinal, não sei de onde você veio e nem sei se você quer ficar, mas te garanto que o que eu fizer pra ter você aqui, ao meu lado, vai ser por amor. Então, no exato momento, eu te peço pra que, se você não tem intenção de ficar, não fique, não se veja obrigado. Eu gosto de você e por esse mesmo motivo não quero vê-lo infeliz, mesmo que por isso eu tenha que abrir mão do seu amor e da sua companhia. Mas, por outro lado, eu prometo por tudo que você quiser que eu farei de você o mais feliz do mundo. Eu estou disposta a ser sua e a pensar em mim e você como nós. Porque o acaso quando apresenta duas pessoas, ele com certeza tem algo pra falar, acredite. Tudo o que eu puder fazer pra ser sua "estrela da sorte", eu farei, porque eu sei que sou capaz disso."



Amanda Pacheco

Calma, coração

quinta-feira, 26 de abril de 2012



"Tava tudo tão bom pra ser verdade. Seu jeitinho que vinha me cativando, me transformando, me conquistando. Eu me sentia tão bem ouvindo sua voz todos os dias e lendo aquelas mensagens que me faziam sorrir involuntariamente e parecer uma boba. Eu tinha me acostumado com aquele nosso tratamento e tinha me acostumado com perder horas a fio no messenger falando sobre assuntos que pra pessoas que viam de fora, não faziam sentido nenhum. Eu sinceramente havia me acostumado a ter você, a querer você e a ser você. Os dias vinham passando e eu me via cada vez mais em você, nos seus atos, nos seus pensamentos e até mesmo na sua forma de falar. Fui me acostumando e me deliciando nessa vida a dois cheia de fofura e imaginação. E fui sorrindo, e sendo cada vez mais feliz. Tava tudo em plena paz. E esse ciclo foi se apagando como um desenhista que erra sua arte. Foi apagando gradativamente e foi se transformando em oi-tudo-bem-vou-sair. E foi esfriando, todo aquele calor de quatro horas no celular e diversas mensagens foi se apagando, como quem prevê que algo virá, fui começando a desacostumar a não te ter mais como parte fundamental do meu dia. E a rotina diária foi se transformando em semanal, quinzenal, e agora (infelizmente) é mensal. Quando eu dou sorte de conseguir falar com você pelo menos uma vez no mês. Mas acontece. Vou esperar até quando der porque eu realmente sinto falta das nossas brincadeirinhas fofas que todo casal tem. Me conformei, acontece. Hoje vivo no dilema da espera de uma ligação ou pelo menos um sinal de vida. Posso até estar triste, mas aprendi, essas coisas acontecem mesmo. Ou talvez não. Meu conformismo seja apenas um auto-disfarce, quem sabe? Eu tento enganar a mim mesma, e sabe, eu consigo. Agora mais do que nunca vejo que minha força de vontade é infinitas vezes maior do que a curiosidade de ir te procurar e bisbilhotar suas redes sociais. Eu não vou procurar, não vou! Pra minha saúde emocional e pra minha pseudo-alegria. Eu vou resistir a todas as tentações de saber sobre você. Não quero e não vou. Mas te amo, te curto, te espero e vou te cuidar, porque pra você, eu espero ser muito mais do que apenas seu anjo, quero ser sua amiga, sua menina, sua princesa e seu amor. Acima de tudo, espero ser sua e, junto com você, voltar a sorrir e a perder horas do meu dia da melhor forma possível, com você."


Amanda Pacheco

Pocket post!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"E se eu disser que já nem sinto nada vai ser mentira. Talvez a intensidade dos meus sentimentos seja maior do que toda e qualquer sensação desse mundo. E daí? E se eu sentir? Não vejo problema. Ou melhor, vejo sim... Grandes problemas, comigo mesma, apenas pelo fato de olhar nos seus olhos todos os dias e não poder te abraçar e te beijar como se fosse a última vez. Mas acho que o problema é meu, não é? Você não tem nada que se meter ou me dizer "me esqueça", porque eu não esquecerei, e você sabe. Pare com essa falsidade -não achei outro termo menos impactante que esse- de me dizer sobre os meus sentimentos sobre você. Ou do contrário começarei a mentir. Você quer que eu minta? Eu odeio mentiras, mas se for pra você me deixar livre em relação aos meus sentimentos, eu posso deixar pra lá meus preceitos. E não me venha com a desculpa de "eu não posso arrumar ninguém por sua causa", porque como você deve ter em mente, quem ama só quer ver a felicidade. Mas enfim, não sei por quais motivos estou escrevendo isso pra você afinal você não se importa mesmo. Quem se importa? Quem quer saber se eu gosto ou desgosto de todos as suas manias. Como a de passar a mão no cabelo quando tá nervoso ou ficar passando a mão na minha boca antes de dormir. Quem liga, né? Quem quer saber que quando você tá com medo põe uma mão na nuca e estica o pescoço numa proporção de cinco vezes por minuto, no mínimo? Quem quer saber que você só consegue levantar a sobrancelha quando está ironizando? Ninguém, né? Na verdade, nem você quer saber. Acho que não se importa mais. E eu nem quero que você se importe. Te amo, muito e te quero, te curto, te venero, te espero. Como quem vai sobrevivendo a cada dia com a falta de algo, com um vazio que não se consegue preencher e um buraco que não se consegue tapar. Sobrevivendo. Sobre...Vivendo. Vivendo, aprendendo, desenvolvendo!"


Amanda Pacheco

Eu te amo calada

quarta-feira, 28 de março de 2012

"E amo mesmo, sem restrição. Amo como quem ama o amor, com todas as prescrições e emoções. Amo te amar, amo cada milímetro do seu corpo, seu cabelo; seu sorriso. Amo todos aqueles momentos em que estamos, a sós, abraçados como se não houvesse mais nada ao redor. Eu amo seus conselhos, consentimentos e ressentimentos. Amo sua raiva e sua paz. Mas te amo em silêncio, como quem espera sua iniciativa. Te amo com medo, com um medo tremendo de perder tudo o que eu conquistei contigo. Tua amizade pra mim é mais do que tudo. E é isso que faz doer, mas uma dor que eu sou capaz de aguentar pra não ter que viver sem ti, afinal, não imagino minha vida sem você. Então prefiro te amar calada, em silêncio, só te ouvindo, te curtindo, vendo você sorrir. E fico na torcida pra que esse sorriso tente dizer as mesmas coisas que eu penso. Torço pra que nenhuma garota consiga ter esse sorriso. Te amo calada, mas te amo com todos os seus defeitos e conceitos e preceitos e acertos. E ouço nossas músicas, leio nossos livros, vejo nossos filmes, na espera de um dia poder dizer que são pra você. Meus melhores sorrisos, minhas melhores palavras, meus mais sinceros pensamentos. E me arrependo por não ter dito isso antes, enquanto havia tempo e não havia amizade. E agora só me resta te curtir e te esperar e te amar no silêncio de quem espera a primeira palavra a ser pronunciada. E vou curtindo, e vou sentindo, e vou vivendo, até o dia de não aguentar mais e ser obrigada a falar. "Eu te amo calada, como quem houve uma sinfonia de silêncio e de luz". E nessa sinfonia, vou ouvindo tua voz e imaginando cada gesto teu quando nossos olhos se encontram."


Amanda Pacheco

Não era pra ser...

terça-feira, 27 de março de 2012

"Eu não vou dizer que te odeio ou que tenho nojo de você. Eu apenas cansei. De me desgastar, de correr atrás de alguém que -de certo modo- me destruiu. Eu cansei de te dar chances e mais chances com a promessa de que tudo seria melhor. E nunca era. As segundas e terceiras chances só serviam para que eu chorrasse todas as essas vezes. Mas como toda apaixonada, eu continuei dando chances e mais chances. Até que esgotou. Não consegui mais me acostumar com a situação de ter que dar-me novas esperanças. Você sempre fazia novas promessas e eu -tola e cheia de amor- sempre acreditei. Mas eu não quero aqui minha raiva. Hoje eu quero falar sobre um sentimento tão chato que é a mágoa. É um sentimento triste, sabe? Você não deve ter sentido isso porque você que magoou, na maioria das vezes. Mas, quando sentir, pode ter certeza que saberá e entenderá todos os meus motivos para não te aceitar de volta. Porque quem ama espera que tudo seja diferente. As atitudes, os gestos, os carinhos. E eu acreditei, sinceramente que tudo seria diferente -e realmente foi, no começo-. Mas hoje eu percebo que acostumei-me e prometi-me que nem todo o sentimento, por maior que seja, merece tantas chances e tantas mágoas. Sentimento verdadeiro não dói, não. É tão forte quanto a sensação de voar. Não vou negar que penso em você cada instante do dia que passa, mas -por pior que fique meu coração- não vou ceder."


Amanda Pacheco

Cura? Você tá por ai?

domingo, 18 de março de 2012


"Quem tem a cura? A cura pro amor, pra dúvida, pro conflito interno. Não que isso seja doença, mas precisa de cura. Dói, sabe? Querer e não querer algo ao mesmo tempo é algo que destrói. Como quem não espera mais nada da vida, eu preciso ser feliz. Preciso de um alguém que me faz tão bem e preciso agora! Preciso dos carinhos, das palavras, dos abraços. Eu preciso tanto desse alguém que chega a ser inconveniência. Mas vou me manter em silêncio já que a dúvida paira sobre mim. Será que vamos dar certo? Será que é essa a vida que eu quero agora? Será que ele me quer numa proporção igual? São eternas dúvidas que eu só saberei se me entregar... Mas até que ponto vale a pena? Não sei se quero cair de cara nesse relacionamento. E é por isso que eu almejo a cura. Quero conseguir estar livre e sem nenhum tipo de peso na consciência ou arrependimento por ter feito a escolha errada. Será que tem cura pra isso? Quer dizer, não quero deixar de amar, o que eu quero é amar a pessoa certa. Sem dor, sem rancor... Só quero viver, com o coração acelerado, com o peito estufado e com ele ao meu lado. Nem que pra isso eu tenha que passar por toda essa dúvida de "valer ou não a pena". Eu preciso parar com isso, preciso tomar um tento na vida e preciso de alguém que me diga "deixe de ser idiota!". A vida tá passando e eu tô aqui! Em dúvida se vou ou não levar isso pra frente. Acho que vou procurar a cura só... Vou jogar o cabelo, abraçar os amigos e esperar que o tempo dê a resposta, afinal, quer professor melhor que esse? Que ensina a hora certa de errar e acertar, de amar, perdoar, de aceitar. Então é isso, vou dar tempo ao tempo e esperar que esse grande mestre me dê a cura pra todas as minhas incertezas. Enquanto isso, vou ficar repetindo "vai dar certo, vai dar certo, vai dar certo" até que dê certo mesmo, já que as palavras têm poder."


Amanda Pacheco

Ser mulher

sábado, 17 de março de 2012

"Ser mulher é uma coisa... Divertida. Brincar com o corpo, a alma e o coração é uma coisa muito diferente. É como se a gente pudesse se jogar no mundo e qualquer pessoa pudesse amparar. Mas é que mulher é mesmo bicho estranho, né? Cheia de manias, cheia de contradições... Mulher é mesmo bicho estranho... Gosta e não admite, briga querendo elogiar, odeia querendo amar, bate querendo beijar, sorri querendo chorar, empurra querendo abraçar. Mulher aguenta salto 15, saia apertada, uma bolsa pesada, coração despedaçado. Mulher aguenta ciúme, aguenta tristeza, aguenta a "amiga" do namorado e ainda sai sorrindo. Mulher é orgulhosa, é dedicada, é maravilhosa. Mulher cuida de marido, filho, casa, trabalho e ainda tem tempo pra si. É clichê falar do processo mensal da menstruação, mas sempre vale a pena. Mulher sente uma dor tremenda chamada cólica, sangra por sete dias e ainda é capaz de sorrir. Mulher ama mais, chora mais, se desgasta mais, mas também aproveita mais... É difícil ser mulher, é difícil dar conta de tudo, mas com o tempo dá pra se acostumar, afinal fomos feitas pra isso mesmo. Pra ser superior... Mas é a mulher que pode chorar na frente de todo mundo, pode cruzar as pernas, pode usar uma camisa rosa cheia de glitter, pode dançar rebolando tranquilamente e pode tirar foto fazendo bico sem ser recriminada. Mas mulher é mesmo bicho estranho, né? Se apaixonada unilateralmente várias vezes, chora por isso e ainda assim consegue segurar a dor pra acudir uma amiga. Mulher briga consigo mesma, mulher conquista o que quer e como quer. Mulher tem jogo de cintura, sabe lidar com os piores pesadelos e os maiores sonhos. É a mulher que recebe as flores, os pedidos e o namorado em casa. A mulher que passa na frente, tem a porta do carro aberta e a do coração também. Mulher é mesmo um bicho estranho. Mas tenho certeza que é indispensável pro mundo."


Amanda Pacheco

A vida em 'slow'

sexta-feira, 9 de março de 2012

"Nem a encrenqueira Jabulani, nem o performático Maradona, nem a justa vibração espanhola. O que mais atraiu minha atenção na Copa que passou (e não se fala mais nisso, prometo) foram as cenas em slow motion. Aliás, very slow, passando a sensação de que a vida pode ser delicada em qualquer circunstância. Até mesmo o atrito violento entre os corpos ganhava suavidade e nada parecia doer. Nada. Não há quem não se deslumbre com imagens repousantes nesse mundo que, quando em rotação normal, é frenético demais.
Sempre fui fascinada por cenas em câmera lenta, principalmente quando utilizada para buscar poesia onde nem pressupomos que ela exista. Em cenas de guerra, por exemplo. Lembro de um filme que mostrava em slow os soldados sendo atingidos por granadas, voando junto com os estilhaços ao som de rock pesado. Brutalidade embrulhada em papel de seda. Clichê ou não, funciona.
Tanto funciona que ficamos naturalmente fascinados pelas poucas coisas da vida que são slow ao natural, a olho nu. Você já reparou?
Ondas, por exemplo, jamais são apressadas. Elas se formam com vagar, como se soubessem que participam de um espetáculo, e depois quebram demoradamente, fechando-se em si mesmas, femininas, recatadas, soltando sua espuma e suas gotas em uma coreografia ensaiada que sempre extasia. Na beira da praia ou em alto mar, em dia de calmaria e mesmo em dia de fúria, as águas nunca são aceleradas, elas sabem que são donas de um raro efeito especial.
A mesma coisa com transporte aéreo. A cidade pode estar em velocidade máxima, os carros zunindo pela avenida, pessoas correndo de um lado para o outro nas ruas, e então surge aquela espaçonave branca atravessando o céu, decolando ou aterrissando, num ritmo tão lento que custamos a acreditar que consiga se manter no ar sem despencar. Não despencam. Nem disparam. Mantém-se em slow. Planam, como pássaros que também são.
As girafas não impressionam apenas pelo tamanho incomum do pescoço, mas porque caminham num molejo baiano, não acompanham o frenesi da selva, não possuem pressa para nada, são majestosamente demoradas, assim como os polvos, que ganharam surpreendente notoriedade esse ano.
Não ter urgência, meditar como um buda, praticar thai chi chuan. Me corrija se eu estiver errada: a paciência é o sentimento mais slow motion que existe.
O fogo da lareira, a chama da vela, a fumaça do cigarro, a tragada: a vida queima em marcha lenta.  
Os domingos caudalosos. O beijo apaixonado, deliciosamente arrastado... assim como as reticências...
E fim de brandura. O resto é vida veloz."
Martha Medeiros

Cento e cinquenta e(m) um.

sexta-feira, 2 de março de 2012



Vou tentar escrever anexar cento e cinquenta posts em um. No post cento e cinquenta e um. E então. Ri e chorei simultaneamente e compulsivamente. Desisti, persisti, insisti. Cresci, cresci sim, evolui, me construí. Por cento e cinquenta vezes eu pensei no amor. Direta ou indiretamente eu pensei em uma maneira de amar. Sem sofrer, sem me desesperar. Eu apenas queria amar da forma mais fofa possível. E, em alguns casos, eu consegui, sim. Eu consegui diferenciar bem os meus sentimentos, mas em compensação, nos outros casos eu misturei tudo e nessa louca mistura eu chorei. Chorei até que cessasse o estoque de lágrimas do meu corpo. A confusão é um sentimento muito estranho principalmente quando não há outro para curar a dor de uma mente confusa. E isso tudo me fez chorar e rir também, rir da loucura que é a vida. Grande loucura, não é? Viver eternamente sem ter a certeza de como será o amanhã... Eu também tentei falar sobre isso. Falei sobre alegrias, desavenças, sobre raiva e traição. Eu apertei o meu coração enquanto falava sobre isso, as vezes me faz mal ter que lembrar que foi sobre um "você" que eu escrevi. Eu apaixonei alguém e me apaixonei por esse mesmo alguém e troquei sentimentos intensos e mágoas intensas. Eu escrevi sobre os maiores amores da minha vida: meus pais. Eu aconselhei e esperei de dedos cruzados que seguissem meus conselhos. Eu reproduzi um texto de alguém que, de certa forma, me espelha. Eu rezei pra que o mesmo "você" que foi protagonista de grande parte das minhas escritas lesse - e entendesse - tudo o que eu o dediquei em meio a lágrimas, lembranças e laços afetivos. Eu dei primeiras chances, segundas chances, chances eternas. Eu recordei grandes amizades que se acabaram porque se transformaram em amor. Eu recordei grandes amores que agora não passam de bons amigos. Acima de tudo, eu me diverti. Eu ri horrores enquanto relatava fatos que haviam, um dia, me chateado. Eu superei amores que pareciam impossíveis. Eu me valorizei muito mais. Em cento e cinquenta vezes, eu cresci o equivalente a cento e cinquenta anos. Eu escrevi sobre a perda de uma pessoa que vai sempre valer mais do que mil diamantes pra mim. Eu falei sobre um dos mais bonitos e solidários sentimentos que existe: a amizade. Eu amei, amei, amei. Mas hoje, depois de cento e cinquenta vezes, eu vejo que o amor é um sentimento que sempre vai me surpreender. E eu continuo aprendendo, pra que venham mais cento e cinquenta e por ai vai...


Amanda Pacheco

Mas mesmo assim, vou dizer que valeu.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


"Tocava na rádio a música "Valeu" de Dorgival Dantas. E eu repetia as palavras como se estivessem contando a história da minha vida. "Valeu. Cada momento que eu pude te abraçar...". Isso me martirizava cada vez mais. Talvez pelo fato de você ter deixado meu coração despedaçado no exato momento em que falou que era o fim, o nosso fim. Não significava que eu morreria. Afinal, antes do fim, tudo valeu a pena. Todos os beijos, abraços, momentos de carinho, de briguinha. Valeu, sim. Nosso relacionamento acabou, mas as lembranças continuam viva na minha memória. Todos aqueles momentos em que você me fez rir até chorar ou então os momentos em que conversávamos sobre um futuro não tão próximo como se ele realmente fosse existir. E eu pensava que ele existiria, e talvez pelo fato de pensar, eu acreditava. Meninas as vezes acreditam em coisas impossíveis, deve ser a idade. 16 anos? 17? Não. Ser menina não significa ter pouca idade, significa acreditar numa possibilidade que mulheres não conseguem. Ser mulher é ser muito bem centrada nas suas decisões, é não sentir frio na barriga, é controlar-se quando o assunto é amor. Isso sim é ser mulher. É honrar com os compromissos e saber muito bem qual é a hora de fazer charminho. Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que ser menina não valha a pena. Eu acho que ser menina é muito mais desafiador, pra qualquer coisa. Até mesmo pra ter boas lembranças, como as nossas. Hoje, eu vejo que sou mais uma menina, que ainda acredita e que ainda ama, ama a vida, ama os amigos, ama a família. E vejo que também sou mulher, que consigo me controlar e me centrar e me conformar que tudo o que há dentro de mim são apenas lembranças. Lembranças boas de um amor tão agradável de lembrar. Saiba que essa música que está tocando na rádio não me fez chorar, ficar triste ou me descabelar. Essa música me fez lembrar de tudo o que a gente passou e me fez sorrir, por ver que um dia eu te fiz feliz e vice-versa. Por isso que eu continuo te dizendo que valeu cada segundo. E que, mesmo agora que estamos distantes, eu espero que você tenha as mesmas lembranças que eu, as lembranças que nos fizeram sorrir por várias e várias vezes."


Amanda Pacheco

Então vai...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"Posso te pedir uma coisa? Vá. Vá e não deixe rastros de sua presença em minha vida. Eu já não aguento mais esse joguinho de ir e vir e ir e vir. Prefiro que ele não tenha mais volta já que sempre haverá uma partida no futuro próximo. Eu não gosto de despedidas. Elas sempre causam uma das piores dores do mundo. Prefiro me despedir só uma vez, já que você quis assim. A grande verdade é que eu não queria me despedir nunca, gostaria de manter minha vida todo tempo ao lado da sua, sem desapego, sem desilusão... Acho até que seria melhor pra nós dois. Sem mágoa, sem desgaste emocional, sem melancolia. Como você sabe, eu odeio melancolia. Todo esse papo de choro, de sofrimento, de 'ouvir músicas que lembram'... Tudo isso é besteira. Quem não quer lembrar, não ouve música, não lê sms, não cheira as roupas e muito menos fica ligando só pra 'tentar ser amigo'. Quando se ama, se ama de verdade. Meios-termos existem apenas na teoria (ou não). Mas danem-se as teorias, os meio-termos e os adeptos aos mesmos. Eu gosto de sentir na pele. Gosto de passar pela experiência e depois poder falar sobre ela. Essa história de 'eu já sei como terminará' é pura ilusão. Nunca é igual, pra ninguém, por mais que você seja previsível, sua história sempre será diferente da de qualquer pessoa. Mas não é sobre ninguém que eu quero falar, na verdade, é sobre nós. Mas que papo mais clichê, hein? Conversar sobre nós? Que história é essa? Eu e você somos, agora, duas pessoas com -infelizmente- duas vidas diferentes. Graças a essa sua escolha inusitada de colocar um ponto onde só deveria haver vírgulas. Mas tudo bem, já que você quis assim, eu não vou entrar em desespero e nem chorar por noites e mais noites. Eu vou fazer algo que toda mulher deveria fazer: se controlar. Isso de chorar e demonstrar sofrimento só afasta mais... E não pense você que eu estou sofrendo... Hoje eu posso dizer que você perto me fez bem, mas agora que está longe, posso afirmar que estou muito melhor. Sem dor, sem amor e com a mesma alegria. E me vejo muito mais feliz, sabe? Quem diria, não é? Logo eu, tão apaixonada, tão dependente e tão inocente... Agora estou aqui, pronta pra vida, para as amizades, para os estudos e, quem sabe, pronta para um novo amor? Estou liberta desse egoísmo que só me fez mal... 




Amor de carnaval

sábado, 18 de fevereiro de 2012



"Dizem que amor que nasce no carnaval, fica no carnaval. Nem sempre. Amor de carnaval é muito mais do que apenas ficar na curtição, alguns amores de carnaval podem durar por toda a eternidade e eu sou a prova viva disso. Meu amor de carnaval perdurou por muito e muito tempo... E eu, logo eu, que pensei que fosse te amar apenas no carnaval. Carnaval maldito! Fez com que eu perdesse toda a linha e me apaixonasse por um estranho que me amou definitivamente por cinco dias e continuou me amando e me ama até hoje. Maldito? Acho que não... Se não fosse esse carnaval eu não teria você. Se não fosse o carnaval eu não teria cruzado os olhares contigo e jamais teria te odiado e te amado num misto tão estranho que não daria certo se eu tentasse explicar. Se não fosse o carnaval eu não teria te batido e te renegado até a última tentativa. Até a tentativa de ouro, aquela que você me puxou pelo braço e revelou que precisava de qualquer maneira que os nossos lábios se encontrassem ou do contrário você teria um ataque e me beijaria a força. O jeito foi ceder. Cedi mesmo, dei em você o beijo mais apaixonado e repugnante que o mundo já conheceu. Admito, foi mágico, o seu abraço me deu uma segurança e a partir daquele momento eu percebi que era esse amor de carnaval que ia perdurar e ia fazer-me mudar minha concepção sobre isso. Amor não dura apenas uma época do ano. Amor que é amor nasce a qualquer hora e não morre jamais, nem muda, nem nada. É apenas amor. O que acontece é que tudo torna-se perfeito a partir do momento que há a química, o apreço, o cuidado... E assim eu venho seguindo e amando cada vez mais o homem que mudou meu carnaval."


Amanda Pacheco

Textos, trechos e temperos.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" (Fernando Pessoa)


"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem." (Saint-Exúpery)


"Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele." (Victor Hugo)


"O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício" (Sthendal)






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