Enfim, tenho um culpado.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

"Já não somos mais os mesmos, meu amor. O tempo passou e mudamos tanto... As atitudes e ideias são outras. Nessas horas pergunto-me se isso é bom e automaticamente respondo-me que sim -ou não, depende do ponto de vista-. Nós temos novos horizontes e essa nossa mudança fez com que nos afastássemos. E a tendência era essa mesmo. O tempo realmente passou, meu amor. Nota-se claramente pelas nossas idades atuais. E ele levou embora todo aquele absurdo amor que sentíamos um pelo outro. Há uns anos atrás eu diria com convicção que foi culpa sua, mas agora -que "evolui", digamos assim- eu percebo que tudo isso é culpa do tempo. A vida agora continua, meu amor. Já não conversamos mais. Toda aquela imensa amizade (que diziam ser amor não-declarado) foi se dissipando aos poucos (do modo que dói mais) e se transformando em apenas-um-sentimento-de-querer-bem. Os dias estão mais curtos, meu amor. Já não temos tempo para ficar conversando por horas, horas e mais horas, como fazíamos há alguns anos, quando o querido tempo ainda estava a nosso favor. Agora vivemos escravos dele e sofremos claramente com isso, mas não estou falando disso, vamos mudar de assunto. Veja, meu amor. É primavera! Lembra-se das caminhadas? Se a resposta for positiva, deve lembrar-se também que foi numa tarde calma de primavera que você precisou do meu ombro para apoiar-se. E eu estava lá. Na primeira, segunda, terceira, milésima vez. E se dependesse unica e exclusivamente de nós, acho que estaria lá mais umas mil vezes, se preciso. Pena que nos afastamos. Mas não vamos ficar procurando culpados quando sabemos que o tempo é encarregado disso. Este maldito que fez com que a expressão "meu amor" fosse perdendo toda a essência que tinha, agora ela é apenas uma expressão loucamente preciosa para mim. Em minhas orações, peço que Deus te guarde sempre, meu (doce e eterno) amor. Que você se lembre de mim todas as vezes em que uma flor linda da primavera cruzar o seu (corrido) caminho, do mesmo jeito que lembro-me de você. Que esse tal de tempo não apague nenhuma das lembranças boas de nós dois.
Ah, que bom sentir novamente essa sensação-de-nós-dois..."

Amanda Pacheco

N(amor)ada!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Cessem os ruídos das máquinas, os estampidos das armas, neste século da tecnologia para um dia se falar de amor. Hoje quero romantismo. "Quero de volta a primeira estrela que vier para enfeitar a noite do meu bem". Foi pelas estrelas mesmo que tudo começou. Esse piscar de olhos dentro da noite universal! E a mesma resposta da outra estrela , defronte! E cada uma em sua órbita, na dança que hoje as aves repetem quando desejam o amor! Uma força que uniu o pó das galaxias e o universo aconteceu. A mesma força casou prótons e nêutrons no coração dos átomos. Ela mesma casou átomos em moléculas e estas em células. A mesma força que no mundo até as pedras faz unidas, -o amor.
Ao sopro dos ventos, o pólen da casa, as flores. E no embalo de gorjeio, as aves se casam também. Desde as origens da vida, todo ser espera o primeiro carinho para poder existir. É o amor procedendo a existência. Quem de algum modo não foi desejado, não conseguiu nascer. E daí em diante toda vida é encontro, desde o esperma e do óvulo na fecundação. Do amor-encontro surge a mãe gestante, o primeiro berço da vida. Ela é toda inteira uma canção de ninar para um sono de nove meses.
A gente pensa que primeiro existe depois é amado. Primeiro ama e depois tem saudade. Já disse que o amor precede a existência. E a saudade precede o amor. A gente já nasce inimiga da solidão, com vontade de um encontro, com saudade de quem nunca viu. Fizemos telefones e correios para encurtar as distâncias, repetindo a façanha das estrelas flertando no correio de anos-luz. E foi por essa saudade congênita que fizemos estradas também. Toda estrada parece que espera por alguém que nunca vem.
Adolescentes de todas as idades, aprendam uma vez mais que nem o noivado nem o casamento são mais importantes que o namoro. Case quando quiser, mas namore a vida inteira. Nada mais fúnebre do que o casamento dos que não se namoram mais. Se a gente tira o amor da namorada, o que é que fica? Nada! Exatamente como se escreve: n(amor)ada."


(F. Pereira Nóbrega)

Sai de mim, tristeza!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tudo gira em torno de sorrisos -sejam eles sinceros ou não-. Já parei pra observar que, mesmo sem querer, nós conseguimos esboçar-los porque vivemos numa sociedade que nos força a chorar e ao mesmo tempo exige com que fiquemos eternamente sorrindo -espontâneamente ou não-. Precisei fechar os olhos. Respirar, contar até dez e abrir um sorriso salgado de lágrimas que ainda não haviam concluido a sua queda. Sorriso esse que talvez ni
niguém percebesse o que havia por trás dele. Respirei, e sorri com uma vontade plena de chorar. Mas e daí? Quem se importaria com o que meu sorriso esconde? Pois é, há mais coisas dentro de mim do que qualquer pessoa possa imaginar. Me desliguei do mundo por alguns segundos enquanto meus lábios se curvavam pra cima. Caminhei vagarosamente rezando pra ninguém notar meu pseudo-sorriso.
E ninguém notou, e com o tempo, fui descobrindo que de tanto fingir felicidade, ela realmente chega. E vai dominando o corpo de uma forma surpreendentemente estranha, e quando você percebe, SURPRESA! A felicidade está em tudo o que você vê. E mesmo num dia em que o céu amanhece nublado, sua felicidade é tão clara que o céu ilumina-se só ao perceber sua presença. Então, lá vai um conselho de experiência própria: ficar triste não é a resposta! Nem chorar (só se for de rir), e, quando amanhecer em um daqueles dias que nada parece se encaixar, lembre-se que sempre há uma saída!
 Pois bem, de tanto chorar a gente aprende que não vale a pena, por ninguém. E é por esse motivo que ultimamente eu ando muito, mas muito feliz. Mesmo que tudo ao meu redor exija com que as lágrimas escorram pela minha face. Mas eu não vou ceder, de forma alguma. Até porque quando eu me deixo vencer pela tristeza, eu provo que estou sendo fraca, e isso eu não quero fazer de jeito nenhum. Ser fraca, pra mim, é algo out. Passado, assunto encerrado! Eu vivo do meu presente, pois pra mim ele é o único que importa. 
 Já falei o quanto gosto de desafios? Talvez seja a hora exata pra me auto-desafiar e provar para mim mesma que sou capaz de vencer meus próprios limites. E continuar a ser feliz exatamente como estou agora. Meus auto-desafios são insuportavelmente produtivos, porque apostar comigo mesma é algo que faz com que eu me vença e me torne uma pessoa melhor. =) Se duvidar de tudo que eu disse, é só testar! Quando tudo parecer perdido, sorria e tenha bons pensamentos, eles virão pra você rapidamente e você perceberá como as coisas mudarão rapidamente... É a lei da vida, que coloca você em meio a pessoas que querem que você desista, mas você (assim como eu) quebra essa lei e estampa um belo sorriso no rosto... Aprenda que a sua felicidade depende apenas de si mesmo e que mesmo que todos insistam em fazer você chorar, sua mente te mostrará mil lembranças capazes de te alegrar.

Bom começo de semana =)

Happy end pra você!

sábado, 17 de setembro de 2011

Acreditei friamente que tudo poderia te mudar. Mas eu quebrei a cara porque nada mudou, você é o mesmo de sempre. Mas eu não. Eu cansei de ser essa besta que sempre sorria e era simpática. Eu mudei e não preciso que você acredite mais em mim, nem preciso que se importe comigo. Quero mais é que você engula todo esse seu orgulho e sua falsidade. Eu estou cansada mas estou perfeitamente feliz por ter percebido o quanto você é um idiota e o quanto eu fui boba por ter me apaixonado por alguém como você, alguém que só queria brincar comigo. Não importa, o que aconteceu ficou no passado, e agora eu não quero mais nem saber de você nem do que você faz. Agora sou obrigada a dizer algo que eu jamais imaginei... Eu tenho pena de você. Não sei porque, mas tenho pena do quanto você vai sofrer. Espere, não pense jamais que eu estou desejando-lhe o mal, eu apenas estou prevendo o que acontecerá. Mas, mesmo depois de tudo, saiba que eu estarei do seu lado, pra enxugar as suas lágrimas e pra fazer você sorrir.  Porque apesar de todos os pesares que você me mostrou, uma amizade vale mais do que mil amores, e antes de tudo nós somos amigos. Eu não estou com raiva, o que aconteceu foi apenas uma mágoa -que já passou, por sinal-. Pelo contrário, desejo que você seja muito feliz com a sua escolha, desejo que tenha uma vida cheia de emoções e de muito, mas muito amor. Na verdade, nem sei porque estou escrevendo sobre você ainda. Agora é passado e quando o assunto é passado, eu prefiro nem me envolver mais. Fechei o livro, queimei e espero nunca mais ter saudade dele. Porque passado é passado e não pode estar no presente ou no futuro. Essas serão minhas últimas palavras desperdiçadas pra você, pode acreditar. E obrigada, porque a dor que você me causou apenas me fortaleceu e me mostrou que amigos são muito mais importantes do que amores. Tomara que você tenha um happy end.


Amanda Pacheco

Música Capital Inicial da semana: Que país é esse?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

No Amazônia, no Araguaia
Na Baixada Fluminense. Mato Grosso, Minas Gerais
E no nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis
Com documentos fieis
Ao descanso do patrão

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Terceiro mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas dos nossos índios
Num leilão

Que país é esse? 
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Mais uma.

domingo, 11 de setembro de 2011

"... Não vou negar me apaixonei. Que sofri. Que chorei. Mas sobrevivi, e hoje estou aqui pra contar a história. Estou viva e, por incrível que pareça, estou mais forte, mais experiente. Estou pronta pra enfrentar novos caminhos, e pra me deparar com novas ideias. Estou disposta a aderi-las, a coloca-las em prática. A experimenta-las. Não vou negar que pensei que nunca mais fosse ficar em paz comigo mesma, mas hoje -em meio a tantas lembranças- percebo que eu precisava disso pra me situar e pra colocar meus pensamentos em uma ordem -não importa se é cronológica ou não-. Não vou negar que eu me iludi, que realmente acreditei que, dessa vez, tudo fosse dar certo. Mas não deu pelo simples fato de Deus escrever certo por linhas tortas. Acredito profundamente que desde o momento que eu nasci Deus está a escrever minha história. Com canetas coloridas, cheirosas e brilhantes. Ou talvez não, mas e daí? Ele está escrevendo e é isso que importa. E de tanto apanhar eu adquiri uma resistência. Não dói mais. E quando dói, é apenas um incomodo. Necessito apenas de um band-aid emocional e tudo se conserta. Isso é bom, muito bom. Eu não negarei jamais que meus olhos brilharam ao encontrar-lhe. Mas isso é passado, agora eu apenas sorrio e rezo pra que você seja feliz nas suas novas escolhas. Sinceramente, agradeço-lhe por ter me fortalecido, por ter feito involuntariamente com que eu construísse uma fortaleza interna. E com todas as conturbações da minha vida sou feliz. Muito feliz."


Amanda Pacheco

Em busca do sonho.

domingo, 4 de setembro de 2011

"Ao acordar eu sempre espero que o dia me surpreenda. Espero confirmar as expectativas que eu penso antes de dormir. Então, que aconteça, que seja firme, que seja certo. E que seja doce. Eu sempre espero que seja doce, que seja diferente, que me surpreenda. Mas nem sempre as coisas saem como planejamos. Essa deve ser a graça que a vida apresenta, a quebra total de expectativas serve pra provar que você tem que lutar pelo que quer. Não adianta apenas imaginar e rezar pra que aconteça. Tem que haver atitude, estímulo, força. Nada acontecerá enquanto eu estiver parada, esperando. Algumas coisas -por mais próximas que estejam de acontecer- precisam sim, de um leve impulso - recuperei meus pensamentos e fui em busca de algo que eu necessitava há muito. Não pensei muito no que iria dizer ou as atitudes que eu tomaria, eu apenas estava lá, esperando, pronta pra dizer tudo que viesse a mente. Tinha que dar certo, e se não desse... Dane-se! Eu só precisava ter a segurança pra assumir meus sentimentos por alguém que -de certo modo- me faz sorrir. Não sei bem o que fiz depois de vê-lo. Mas no fim de tudo recordo-me que estava em seus braços, envolvida em um abraço estupidamente confortante. Em um abraço que eu, no meu subconsciente, tinha a certeza que era aonde eu queria mesmo estar."


Amanda Pacheco






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