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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"O amor não se explica. Talvez porque o amor tenha que ser aprendido na pele.

Ou porque o amor seja tão complexo quanto a própria existência humana. O que sabemos é que amamos por instinto. Ninguém ama outra pessoa só porque ela é linda, veste-se bem ou recita poesia. Amamos pelo cheiro, pelo olhar, pela voz que arrepia, pela paz que o outro dá ou pela fúria que provoca.



O amor se aprende sem precisar ser aprendido. Devolve ao homem a medida exata da afeição que parte dele. Por isso nunca amamos sozinhos, precisamos da outra pessoa sempre. É algo que Nelson Rodrigues chamaria de óbvio ululante: o amor de uma só pessoa é o significado de algo que não quer dizer nada.


Quando eu era criança tive com minha mãe a primeira lição de amor: tomar banho. Lavo o rosto, depois a cabeça, depois o corpo, e por último as partes íntimas. Esse foi um cuidado que ela fez questão de revisar. Só depois de muito tempo fui me dar conta que o sabonete era pra toda família e que a primeira parte a ser lavada vinha depois da última que alguém lavou. Amar é compartilhar.


Amor é um vício coletivo. Ama-se pelo que o amor tem de indefinível. Amamos o traballho e a sexta-feira, amamos cachorros e gatos, amamos o nascer do dia e a escuridão com estrelas. Amamos uns aos outros, mas não pise no meu calo. Amamos tanto viver e vivemos tão pouco. O ser humano deve ser bem polêmico no céu.


Amar é um mistério. É uma daquelas questões que a vida apresenta e espera a resposta vir de algum lugar. A única certeza que temos é a de que ninguém consegue ser como o amor da gente é."

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