"Este é meu mundo. Estas são as minhas regras. Este é o meu estilo. Estas são minhas cores, na minha aquarela. É tudo meu e eu não me importo com o que você vai pensar. Dane-se que está virado de cabeça pra baixo, dane-se que tudo acontece ao contrário. Dane-se que é vazio. DANE-SE. O mundo é meu, não é? O meu mundo, o único lugar em que eu posso mandar e desmandar. Ando repetindo que, se quiser entrar, que seja pra nunca, nunca, nunquinha mesmo sair de lá. Não quero casas vazias. Por enquanto há uma só casa, a minha. E se você quiser construir mais uma, será bem-vindo. Mas que seja pra sempre. Que seja pra "criar raízes", não pra passar uns meses e depois mudar-se. Eu não aceito. As minhas regras não permitem. Não seja bobo, eu não preciso de falsos vizinhos. Eu quero amizades, quero amores, quero flores, quero sorrisos. E nada disso haverá se houver despedidas. Despedidas doem. Sempre há lágrimas. E lágrimas não trazem flores e nem sorrisos. E nem amor. Despedidas são tristes, trazem a impressão de fim. E no meu mundo não há fim. O meu mundo (o único lugar onde eu mando e desmando) não tem chuva, tempo ruim ou qualquer tipo de sentimento contra-afetivo. Há amor, amor que sobra, amor pra distribuir por toda a população, pra sempre. Portanto, eu imploro. Se for pra entrar, que seja pra nunca mais sair. No meu mundo há espaço pra muita gente, há lugar pra todo mundo acomodar-se muito bem. Os novos e velhos moradores sempre serão bem acolhidos, sempre serão bem tratados e bastante amados. Mas meu mundo é frágil, ele abriga muitas emoções, indecisões e frustrações. Não destrate-o, não pise-o, não despreze-o, afinal, ele tem muito a oferecer.
Bem-vindos ao meu mundo, um lugar mágico cheio de emoções chamado coração."
Amanda Pacheco
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